quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

O ser humano acha que a Terra lhe foi dada, como dádiva; mas ele é que foi dado à Terra, como praga





Tádzio Nanan

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Toda a delícia de existir coincide também com toda a tragédia: nossas necessidades e desejos





Tádzio Nanan

terça-feira, 28 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

O conhecimento, a tecnologia, a técnica tendem a resolver o problema econômico (produzir mais, a custos menores); mas, e o problema moral (preservar a natureza, dividir mais igualmente o produto social, cuidar dos mais fracos, oferecer oportunidades iguais para todos, solidariedade, fraternidade, tolerância, altruísmo, respeito, convivência pacífica e harmoniosa)? A religião, a educação(formal), a ética, vêm fracassando há séculos na consecução desses objetivos





Tádzio Nanan

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

JP e um caso colegial

JP percebeu que podia ouvir com alguma clareza os ruídos que suas amiguinhas faziam, no vestiário ao lado, antes e depois das aulas de educação física, e pôs-se a maquinar que poderia haver, quem sabe – seria bom demais para ser verdade?, um duto de ar que estivesse levando os sons de um vestiário ao outro; começou a procurar, sem chamar atenção, algum possível ponto de ligação entre os dois ambientes; e não é que na parte dos chuveiros havia um duto, estreitinho, muito ao alto, que parecia ligá-los? Ficou arquitetando planos para poder subir até lá, talvez um corpo pequeno e mirrado como o seu coubesse no duto; analisou a parede para ver se, de alguma forma, poderia subir por ela, e após alguns segundos de investigação, concluiu, decepcionado, que era impossível chegar até lá, bem como passar por aquele duto, e sabe-se lá o que teria depois dele, talvez apenas a visão do logradouro...

Mas vejam o que é a mão (ardilosa? benfazeja?) do destino: um mês depois, JP estava na aula de educação física e ficou com vontade de ir ao banheiro, pediu a permissão, foi; no momento em que entrava no vestiário, dois homens estavam saindo e disseram-lhe: “A gente está fazendo uma pequena reforma nos chuveiros, por isso está cheio de material espalhado pelo chão, mas voltamos logo, em vinte minutinhos...” JP deu de ombros, foi até a latrina, fez um longo xixi, e quando voltava à aula, o bichinho da curiosidade lhe picou, e ele voltou atrás para dar uma singela olhadinha na reforma; pois bem, estava lá, magnífica, providencial, do alto dos seus vários metros, uma escada, a escada que ele tanto sonhara um mês antes, a própria mão de Deus a havia posto lá, para que ele pudesse, enfim, ter o seu momento de iluminação, a sua visão do paraíso; incontinenti, arrastou-a cuidadosamente para o lugar onde identificara o suposto duto de ar, e subiu cheio de ansiedade; o duto era estreito e devia ter uns três metros de comprimento, mas ouvia-se claramente os ruídos que as meninas do terceiro ano faziam, voltando da aula de educação física; naquela classe, muitas garotas eram amigas de sua irmã, e algumas eram paqueras que frequentavam a sua casa, além da L., o amor de sua juventude; isso o motivou deveras; sim, faria isso: meteu-se sem muito pensar no duto – só coube ali por causa dos seus 14 anos e seus poucos quilos, e foi arrastando-se devagar e silenciosamente, tinha 15 minutos até a dupla de estraga prazeres voltar; é, ele tinha razão, o duto ligava os dois ambientes: começava a ver parte do outro vestiário; logo depois, já com a cabeça quase no limite do duto, viu as garotas nuas, tomando banho, e viu a sua L., que parecia despir-se sensualmente para ele, peça após peça da indumentária, o sutiã, o jeans, a calcinha... ele quase perdeu os sentidos! JP ficou ali por uns quinze minutos, até a última garota deixar o recinto. Quando tentou voltar, percebeu que não tinha como manobrar seu corpo, não tinha mais aquela adrenalina, os braços estavam praticamente presos, e ele não poderia voltar; inicialmente, entrou em pânico, mas controlou-se, sabia que os caras voltariam logo; esperou-os e eles chegaram um pouco depois; gritou por socorro, bateu as pernas, os caras o viram e o retiraram de lá, às gargalhadas, claro; já no chão, sem ter o que dizer, pediu pelo amor de Deus para que não contassem nada; os dois sujeitos fecharam a cara para fazer-lhe medo, como se dissessem que o denunciariam, mas no fim conseguiram o que queriam, dinheiro: cem pratas na mão de cada um; e o assunto, pelo menos para o grande público findou-se por aí; mas na cabecinha sensual de JP aquelas imagens – verdadeiras delícias do paraíso perdido, levam-no a vertiginosos momentos de delírio ainda hoje...



Narrador onisciente

PENSAMENTO DO DIA:

A utopia sai do ventre da barbárie; e quanto maior a barbárie, maior a utopia





Tádzio Nanan

domingo, 26 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Os músculos só produzem o de comer; apenas a mente é capaz de produzir excedentes





Tádzio Nanan

sábado, 25 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Sou manso o suficiente para não esmagar ninguém; sou feroz o suficiente para não deixar ninguém me esmagar





Tádzio Nanan

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

MILLÔNIANA DO DIA:

A vida é uma prostituta na cama do acaso





Tádzio Nanan

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MILLÔNIANA DO DIA:

O falo de Deus entre as pernas da Eternidade seria o Big Bang?





Tádzio Nanan

POEMATRIZ - II

(ou P.R.O.G.R.E.S.S.Ã.O)



Minha mente é um software contaminado

Minha mente é um software contaminadp
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Tádzio Nanan

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

POEMATRIZ


O SENTIDO POSSÍVEL É AQUELE...


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...QUE EMPRESTAMOS À VIDA COTIDIANAMENTE






Tádzio Nanan

PENSAMENTO DO DIA:

Quantas tortuosas estradas haveremos de seguir até avistarmos o “Palácio da Sabedoria”? Quantos espelhos haveremos de encarar até finalmente refletir-se nossa verdadeira face?





Tádzio Nanan

terça-feira, 21 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

O Homem é bom, o Homem é mau: eis aqui duas verdades indiscutíveis





Tádzio Nanan

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Deus existe, Deus não existe: eis aqui duas verdades indiscutíveis





Tádzio Nanan

domingo, 19 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

A força tem de estar a serviço de uma estratégia, senão se dissipa





Tádzio Nanan

sábado, 18 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

O tempo é uma fatalidade doída para o tolo e um investimento rentável para o sábio





Tádzio Nanan

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

MEDITAÇÕES NOTURNAS

sou uma fração de segundo do tempo da humanidade
que é uma fração de segundo do tempo da vida
que é um pedaço do tempo da Terra
que é um pedaço do tempo do universo
que veio de uma coisa que não tem nome
embora muitos o chamem medrosamente de big-bang
mas que prefiro chamar de Mistério

sou nada face à história, face à natureza, face à vida: tudo existiu e existirá sem mim
mas sou tudo, pois vivo e tenho minha estória e minhas interpretações da história e possuo um universo maior que o universo ardendo nas entranhas (explodindo infinita e recorrentemente) e sem mim não saberia da vida, da natureza, da história, nem do universo
sem mim ignoraria tudo
sem mim estaria desabrigado, seria nada
mas comigo eu sou
comigo eu sou
eu sou

deus é nada
e deus é tudo
para os que acreditam e os que não acreditam nele
e todas as verdades são nada e são tudo – embora a verdade seja uma idéia volúvel vagando na mente de cada homem...
o tempo é um instituto que dá sentido à vida, mas existi?
o amor, a paz, as idéias e os ideais, a própria civilização, são o quê? ilusões dos sentidos, vibrações de partículas subatômicas na caótica dança do universo (alguns dirão que é ordenada, e não caótica a dança do universo; mas não se engane: o universo é um péssimo bailarino)

pequenas mentiras dão um feitio racional à vida, são imprescindíveis
pequenas mentiras repetidas tornam-se verdades absolutas, sobretudo aquelas que nos agradam, e nos ajudam a suportar a vida, e a carregar a cruz de viver – demasiadamente pesada para alguns, e tornam a vida precisa e certa, embora estejam erradas, porque a vida é mesmo imprecisa, incerta; a vida é mesmo suja e louca, e não me venha dizer o contrário

haverá sempre a natureza?
(outras naturezas artificiais ainda serão inventadas em nosso porvir cibernético?)
haverá sempre mulheres prenhes e corações idealistas?
mas todas estas coisas existem agora e é isso que importa
porque o tempo importa no exato instante que passa, e só tem importância porque passa
a vida só tem valor porque acaba
o amor só tem valor porque acaba
o amor grande, o amor infinito, é o que é fugaz
o que deixará de ser só deixará de ser porque foi
o que será nada já foi tudo (e quiçá volte a sê-lo, ainda que diferentemente, posto que tudo é energia, que é imortal)
o que gemeu e amou e lutou e bradou só calará porque bradou e lutou e amou e gemeu
mas o silêncio também é parte essencial da música
mas o silêncio também é parte essencial da música

e ser cônscio desse tudo (ou desse nada)
apazigua minha alma e me basta!





Tádzio Nanan

PENSAMENTO DO DIA:

O tempo é curto para quem ainda está procurando e longo para quem já achou





Tádzio Nanan

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NO REDEMOINHO DA MEMÓRIA TUDO DESVANECE...

No redemoinho da memória tudo desvanece
Recordações ficam senis, moribundas
Sufocando em meio a escuridões profundas
Entre os abismos que o passar do tempo tece

Porque nas retinas o mundo descolore e evapora
E são fugazes delírios imagéticos o momento
O poeta vai cerzindo versos cheios de lamento
Sobre o insustentável desejo que nos devora

Desejo de reter o sabor que se dissolve
Ou degustar nova sensação, vária experiência
Sucedendo as que decaíram na consciência:
Recorrente drama que a gente não resolve!

Nessa busca impossível, delirante, inútil
- cão mordendo o rabo, esfaimado e louco
Quanto mais tem, almeja mais um pouco
E aferra-se à ilusão e cobiça o fútil!





Tádzio Nanan

PENSAMENTO DO DIA:

O estado normal da vida é a busca – e a principal busca é achar a nós mesmos





Tádzio Nanan

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

O estado normal da vida é o estado de necessidade – estamos sempre a precisar e a querer





Tádzio Nanan

terça-feira, 14 de setembro de 2010

LEÃO!

Agita-se em tua alma viva intuição
Pensas com lucidez, ages com presteza
Superar desafios para ti é uma certeza
Forjado que foste com o ímpeto da ação

A férrea vontade é a tua fortaleza
Incontrastáveis tua fé e obstinação
Que atiçam teu voraz apetite de leão:
Num gesto açambarcas toda a natureza!

Enfrentas e pões ao chão o obstáculo
- quem crê não cansa ou se engana
E faz da vida um multifário espetáculo

O livre-arbítrio da condição humana
É teu evangelho, que ensina a fé inabalável:
Sim, todo sonho é possível e realizável!





Tádzio Nanan

PENSAMENTO DO DIA:

Não pede muitos leitores, mas muita inspiração





Tádzio Nanan

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Você não é melhor do que ninguém: você é diferente
Você não é pior do que ninguém: você é diferente





Tádzio Nanan

domingo, 12 de setembro de 2010

ENCONTRO

hoje é dia de morrer!
m o r r e r! m o r r e r! m o r r e r!
o irremediável, inapelável dia da nossa morte
(não será maldito também o dia do nosso aniversário: o dia em que nascemos para a morte, a nossa própria, a dos nossos, e a de todas as ideias e ideais em que, talvez tola ou hipocritamente, acreditamos?)

todo santo dia, dia de morrer: esvair-se, sufocar-se, desmembrar-se, extinguir-se, ser inescapavelmente desfeito em nada, em noite, em silêncio, em cinzas, poeira estelar...
ó como dói a consciência, meu deus, ante a inexorabilidade do fato, tragicomicamente o único que é indubitável na vida...

no entanto, morrer é realmente necessário! é realmente preciso morrer! repito: é realmente preciso morrer! viver não é preciso

a morte é sempre uma revolução: a chance de que tudo continue, diferentemente

que tudo morra, então!
que morramos todos (e que vá na frente os piores de nós...)
nada é realmente fundamental que não mereça a morte;
a morte, ela sim, fundamental, gloriosa, soberba!

você merece morrer, eu mereço morrer, a civilização humana, deus, e as demais quinquilharias que criamos para nos entreter, porque só a energia deve permanecer (apenas a energia é perenal, de uma constância inconsciente)

todo momento é o derradeiro para alguém: eu? você? nós dois?
você acorda feliz, sai esperançoso, cheio de paixão, dobra a esquina a sorrir, está com a mente transbordando sonhos e desejos, e eis que se depara com a morte, com a pálida face da morte, com o bafo quente da morte, com a mão pesada da morte, que ficou ali se fingindo de morta, todo esse tempo, a esperar justo você, que se achava merecedor de tantas coisas sublimes... e que não era!

mas morrer nada tem a ver com justiça, humana ou divina; tem a ver com... morrer!! Afinal, tudo que é vivo, perece, e merece tal sorte, porquanto para que tudo possa evoluir, tudo deve extinguir-se

todo dia é o dia perfeito para encontrar-se com a morte, tomar um chá com a morte, comer bolachas com a morte, papear futilidades com a morte...
com quem será o encontro hoje?





Tádzio Nanan

PENSAMENTO DO DIA:

Todo problema humano é um problema moral
Todo o problema humano é o problema moral





Tádzio Nanan

sábado, 11 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Poucas palavras, muito sentido: o irredutível é a minha meta





Tádzio Nanan

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MILLÔNIANA DO DIA:

As coisas não são nem tão complexas quanto eles dizem, nem tão simples quanto você imagina





Tádzio Nanan

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Na estrada da vida, não importa chegar a um lugar qualquer, mas ir colhendo as flores do caminho





Tádzio Nanan

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Se o motivo for mesquinho não reage; guerreia só pelas causas nobres





Tádzio Nanan

terça-feira, 7 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Consome algumas doses de vinho, magia e auto-engano; ninguém aguenta a rigorosa e estéril realidade da vida 100% do tempo





Tádzio Nanan

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A MARIANNE, DEUSA DA LIBERDADE



*

A MARIANNE, DEUSA DA LIBERDADE
(inspirado na tela “A Liberdade conduzindo o povo”, de Eugene Delacroix)


Contra variados óbices inimigos, Marianne avança
Intimorata, desponta onde a peleja é fremente
Mas não há ferro que fira, voragem que enfrente
Seu olhar resoluto, seu braço cheio de pujança

Pressente que o perigo lhe espreita, e passa rente
Pois se esquiva do golpe, ágil, vívida de esperança
É a mais sublime sua missão; sabe e não descansa
É o último baluarte quanto tudo parece ser poente

Ostentando o lábaro, quando o risco é iminente!
(Quer ser o exemplo: valiosa e inolvidável herança)
Empunhando inoxidável lança, por amor à gente!

(...)

Depois, volve aos Céus, com a pureza de uma criança
Emergindo ao olhar a ternura que o coração sente
Semeando a paz com estes olhos que a tudo alcança





Tádzio Nanan

MILLÔNIANA DO DIA:

Sobre erros e gerações: os jovens respeitam os mais velhos porque ignoram seus numerosos e vexatórios erros, e os velhos se riem dos mais jovens porque sabem que eles irão repeti-los





Tádzio Nanan

domingo, 5 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Boa ou má, a obra da minha juventude está concluída; agora, preciso achar as novas reflexões da adultícia





Tádzio Nanan

sábado, 4 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Deus é uma boa ideia desperdiçada: ao invés de ser o balizador da ética, é o estopim do conflito





Tádzio Nanan

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Nas batalhas da vida, visto-me com a arma mais poderosa: a palavra





Tádzio Nanan

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA:

Não deseja que eu assuma a tua verdade, mas que a compreenda





Tádzio Nanan

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

OCORRE A MUITOS ALIMENTAR...

Ocorre a muitos alimentar
Doridos rancores que os consomem
O que a tal liturgia s'entregar
Nunca se lhe resgatará o Homem:

Sanguinolenta fera subterrânea
Brandindo seu ódio como aço
Pregando uma guerra extemporânea
Até que a trôpega civilização perca o passo

Muitos acabam por concordar
Com os falsos profetas que nos dividem
E com perfídias infectam o ar
No olhar imprimem a vertigem:

Almas aviltadas, na mendicância
Da divindade imanente apartadas
No noctífero templo da ignorância
Louvando ao engano, com suas fés compradas

Muitos se ocupam de perpetrar
Nefastos crimes contra o mundo
Fratricidas, sedentos de sangrar
A inocência com golpear furibundo:

Escravos da cobiça e da rapina
Com uma fome de ouro insaciável
Que mitigam com a ânsia assassina
De acumular tesouro inumerável

Muitos se ocupam de investir
O desprezo que nutrem contra as gentes
Com seus capitães tramam impedir
Das multidões as reações urgentes:

Plutocracia célere ao decretar
A ambiguidade da condição humana
Mas, irmanados haveremos de provar
Que tal sofisma já não engana!





Tádzio Nanan

MILLÔNIANA DO DIA:

Sabemos menos do que pensamos saber e mais do que nossos desafetos supõem (e desejam) que saibamos





Tádzio Nanan