quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

(PRE)VISÃO, por tádzio nanan


O homem, este nada, prenhe de tudo!

O futuro virá de nós e nos legará o passado.
E o sentido de nossa existência estará decifrado.

Sempre estivemos de passagem, na cósmica viagem.

Somos germe, semente para glórias ulteriores à gente.

A pedra, o fundamento para o definitivo entendimento.

Somos a estrada; o destino é algo inaudito.
O universo não quer mais ouvir
Nosso incômodo grito.

Somos o meio; o fim é algo inominado.
Tudo urge ser reinventado.

Ponte para o desconhecido,
Para aquilo que, sorrateiramente,
Vem senso urdido.

Ponto de inflexão; umbral da infinitude,
De um paradigma que não caduca
Nem se ilude.

Ponto de viragem; umbral da infinidade,
Quando as coisas não terão mais idade.

Consciência grávida de outras formas de consciência.
(Antes, nós éramos a urgência...).

Coisa inefável, ver o destino na iminência de ocorrer, maior e mais bonito:
Somos ventre para o infinito!

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