domingo, 26 de julho de 2009

Arte como elemento transformador

Arte não é só entretenimento. Arte é catarse. E esse processo catártico nos confere humanidade, confronta-nos com o que projetamos para nós mesmos e para os outros. Por exemplo: a arte cinematográfica nos transporta a acontecimentos, aventuras e emoções as mais diversas que nem em mil vidas as viveríamos, mas compartilhamos aquelas vivências que nos tocam e acrescentam algo às nossas próprias vidas comuns. O mesmo se dá com a música, uma vez que permite a cada indivíduo elaborar suas próprias emoções promovendo, assim, o encontro consigo mesmo. E assim acontece quando se passeia por qualquer manifestação artística, seja a literatura, as artes plásticas, a estética, a oratória, a dramaturgia, enfim, tudo o que não é só realidade, e sim, um trasbordamento do real.

Para Nietzsche, a arte deve antes de tudo embelezar a vida e em seguida deve reinterpretar tudo o que é feio, penoso e triste, extraindo, assim, o seu significado, ou seja, revestir as tragédias humanas de conteúdo artístico; parafraseando Fernando Pessoa, o artista é um fingidor. Este mesmo poeta proclama que ´´a finalidade da arte não é agradar. O prazer é aqui um meio; não é neste caso um fim. A finalidade da arte é elevar``.

A arte não enche barriga, não paga as contas: a não ser as de quem a produz (quando muito!), não cura doenças, não aniquila as dores humanas, porém a vida sem arte seria o quê??


Jorenilson Medeiros
Músico, Economista, Escritor, Poeta

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