terça-feira, 30 de março de 2010
A PAZ
arte: Tádzio Nanan
A PAZ
Sereníssima imagem da justiça e candura.
Anjo adorado que sob suas cálidas asas
Dar-nos-ia abrigo e desfaria as mágoas,
Dirimindo a vontade cruel e mais dura.
Perseguida, porém, agoniza em sua cela,
Por escravos do ouro e da guerra golpeada.
E os Arautos do Apocalipse, em cavalgada
Avançando contra a idéia humana mais bela.
Cordeiro humilhado, arrastado à cruz
Por implacáveis soldados da morte: panteras
De sépticas garras, que infeccionam as eras,
Erguendo urbes sem alma e templos sem luz.
Trabalho de Sísifo, das Danaides.
Paixão volúvel, fantasia romanesca.
Fruta que estragou antes de fresca
No estéril jardim da Humanidade!
Tádzio Nanan
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