sábado, 30 de julho de 2016

Apocalipse - II, por tádzio nanan

Aí, em tua mente, deu-se tudo.
Posta a eternidade do segundo.
Em tua ânsia, o sonho humano afigurou-se,
E o caos, serenamente, organizou-se.
Aí, da tua noite, fez-se o dia,
A ideia absoluta, a fugidia.
Eras tão só, silente, aflito.
Nós somos teu abissal grito.
Hoje, teu coração de pedra imagina
Outra vez a solidão, a ela se inclina.
É assim que os abismos se reencontrarão.
E em tua ígnea face, eterna, atemporal,
Em cujos olhos cintila o além do bem e do mal,
Lá, indistintas, nossas memórias dormirão...

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