domingo, 31 de julho de 2016

Apocalipse - III, por tádzio nanan

Depois, o silêncio ressoou outra vez.
Depois das paixões, a indiferença.
Depois do abscesso, a higidez.
E a solidão maior e a mais intensa.
Depois dos afetos vertidos em arte:
O superior elemento do homem;
E do cogito, ergo sum de Descartes,
Tudo jaz sono, silêncio, ontem.
Só, Ele revê a tudo, sem saudade.
O quanto fizera, apaixonadamente,
Mirando as luzes da consciência.
Mas num lapso criara a iniquidade,
Consumindo tudo, obstinadamente.
E quis pôr fim à sua imprevidência...

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