Qualquer coisa sobrevirá a nós
O que é, esvaecerá (terá sido?)
Dos silêncios atemporais à voz
Da consciência, daí ao desconhecido...
Qualquer nascente descansa em foz
Indo, o rio consome, é consumido
As civilizações estão sempre a sós
Plantando o que outras terão colhido
Mas alguma coisa humana quedará
Inoculada nas trilhas do Tempo-Espaço
(como o solo, que marca a força do passo)
O que será? A fé! Que percorrerá
Múltiplos e amplos Nadas do universo
A arrebatar-lhes o Tudo submerso!
Tádzio Nanan
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