sábado, 26 de setembro de 2009

AMADA IMORTAL ou Anti-Poema de Amor

Amada imortal, em qual séptico e bárbaro leito
Te entregaste à magia do sexo, violenta e doce?
Que inculto varão acendeu a chama do teu peito
E te possuiu com primitiva rudeza, agridoce?

Outrora, tão reticente! Acorrentada ao pudor...
Agora é um macular os lençóis em abjetas orgias
Prostrando este teu pretendente, que maldisse o amor,
E louco fugiu para ver se a teu rosto esquecia...

Mas não pôde jamais! Do teu lascivo regaço, ó voraz gana!
Não posso esquecer-me de ti, ninfa impura e profana
De tuas maneiras lúbricas, de teus vícios delirantes

Vulgívaga sorvendo o bacântico sentido da vida!
Pago-te em ouro, mas me deita em tua cama bandida
E me dá o efêmero prazer das paixões fumegantes


Tádzio Nanan

Nenhum comentário: