segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hálito Noturno

Adriano Oliveira Costa


O hálito da noite que me gela, enternece-me.
Sua boca que me afastou, acalmou-me.
A via escura me arrematou, confortando-me.
O céu gris me conforta, consolando-me.

A pessoa que eu amo, rejeitou-me.
Humilhei-me como um menino a embeber-se.
Vi-me como um capacho a entreter-te.
Fiz-me como palhaço ao conhecer-te.

Explicitei meus carinhos vislumbrando-os.
Curvei-me como energúmeno a gostar-te.
Virei vagabundo, adorando-te.
Virei homem humilhando-me.

Vida danosa que me humilha.
Ventos tortuosos que me esquadrilham.
Fio danoso da minha vida a partir-se
Oh noite! Traga-me um pouco de alegria divertindo-me.

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