quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NO REDEMOINHO DA MEMÓRIA TUDO DESVANECE...

No redemoinho da memória tudo desvanece
Recordações ficam senis, moribundas
Sufocando em meio a escuridões profundas
Entre os abismos que o passar do tempo tece

Porque nas retinas o mundo descolore e evapora
E são fugazes delírios imagéticos o momento
O poeta vai cerzindo versos cheios de lamento
Sobre o insustentável desejo que nos devora

Desejo de reter o sabor que se dissolve
Ou degustar nova sensação, vária experiência
Sucedendo as que decaíram na consciência:
Recorrente drama que a gente não resolve!

Nessa busca impossível, delirante, inútil
- cão mordendo o rabo, esfaimado e louco
Quanto mais tem, almeja mais um pouco
E aferra-se à ilusão e cobiça o fútil!





Tádzio Nanan

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