domingo, 24 de outubro de 2010

EXTINÇÃO - II

Biologicamente, somos coveiros
Da própria linhagem. Deter-nos-á
Justamente a inteligência, ao despertar
Nossa super-raça imanente de guerreiros,

Que do espelho transporá a margem.
Desfeito o grilhão, arrebatar-nos-á o trono;
Então, sucumbiremos no inescrutável sono
Da extinção: derradeira humana viagem

E tatuagem apenas no corpo da história,
Que se desvanecerá, outrossim, como tudo
Que é grito selvagem a matéria, mas surdo

E a frigidez inorgânica seu zênite e glória!
(É um Cavalo de Tróia o conhecimento
Grávido da morte e do esquecimento...)





Tádzio Nanan

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