Inspira o império dos sentidos, expira delírios
Sonha, pensa, age, teima ter nas mãos sua sina
Inda crê na sucessão da esfera telúrica a uma divina:
Remissão das culpas, compensação dos martírios
Abandona-se ao cio das prostitutas beleza e vitória
Sorvendo seus corpos e almas com insopitável luxúria
E violenta a verdade e a honra com beligerante fúria
Depois, brinda à morte com o sangue venal da glória
É libertino, mau-caráter, implacável, fereza bruta
Desde que o mundo é mundo e o homem, gente
Profusão de talentos, mas flagelo de cobiça ingente
É o crucificado também pregando o que ninguém escuta...
Psíquico, moral e genético mosaico de recônditas partes
Dia e noite confrontando-se em épico-fatais fins de tarde...
Tádzio Nanan
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