domingo, 8 de junho de 2014

ESCAPISTA, por Tádzio Nanan

Com os olhos fechados
Para os rigores da vida
Na folga tão merecida
Dos... Desajuizados!

Mas com a alma sempre aberta
Para os mistérios do mundo
- O humano, p.ex., me toca fundo
Isso quando acordado e alerta...

Tenho as mãos doídas
De escrever poesia e tocar violão
Não tenho talento
Para oito horas diárias de servidão
E o padecimento de anos e anos
De futilidades cumpridas!

Meditando, todo santo dia
Como um Sócrates moderno
Não me ofereça um terno
Que dinheiro não quero,
Quero o Palácio da Sabedoria!

De arte e beleza, embriagado
De sonhos a perder de vista
E de languidez
- O que vão pensar vocês?
O que quiserem,
Que assim Deus me fez...

No ócio criativo do artista
Belezas artificiais inventando
Só a imaginação cultuando
- Dane-se a realidade!
Que eu sou escapista!

Nenhum comentário: