terça-feira, 4 de outubro de 2016

VÊNUS DE ÉBANO, por Tádzio Nanan


A lasciva noite jaz na epiderme
Exalando a luxúria dos amantes
A magistral nudez, inebriantes
Visões do Éden, obsessão em germe

Deusa de ébano, lábio africano
Divina luz, teu viço encanta
Terrena, mas pura e santa,
Levanta o varão americano!

Negra! Perla singular dos mares
Canto de sirena tomando os ares
E o Odisseu se arrebatando

Manhã de primavera acordando
Êxtase sublime, loucos devaneios
Vertigens noturnas e seus enleios

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