quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O GATO IAN. NÃAO... IAN, O GATO!, por Tádzio Nanan







Gato gaiato
Que me faz rir
Nesse insensato
Ir e vir

Seu chacoalhar o rabo
- Cuidado! 
É prenúncio de ventania...
Enfrentá-lo ali, quem ousaria?

Às vezes, tranquilo, apaziguado
Deita e assiste o tempo passar
Sonhando com o próximo telhado
E as felinas que vai namorar

Dado a traquinagens e valentias...
Mal-humorado e resmungão...
Aos poucos, ganhou meu coração
Deu mais suavidade a meus dias

Uma nova esquisitice por mês:
Miado gutural, cenho cerrado
Pra gente se sentir culpado:
“E meu passeio no quintal,
A que estou acostumado?
E a provinha do jantar?
Meu paladar é refinado!”...

*

Seu vulto cinza e dançante
Seus olhos de lince, amarelos
- De muitos segredos e anelos
São de um esplendor triunfante

Íntimo de insondáveis mistérios
- Ian capta no ar suas vibrações
Soberano de inefáveis impérios
Que se prolongam em nossos corações

*

Gato gaiato
Que me faz rir
Nesse insensato
Ir e vir...
Insensato? Nem tanto!
Ele busca é uma chance
De se evadir!

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