sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O VELHO



Cada velho, na forma de estrela, aos céus ascende
Quando passa. Palpita luz nas constelações infinitas
Seu coração, no vazio silente, ressoa verdades tão bonitas
E sua memória, na escuridão universal, é vela que se acende

Cada velho é um diamante pelas mãos do tempo lapidado
Cujos quilates são decênios de aprendizado e experiência
É uma biblioteca de livros raros, cheios de dor e sapiência
É sorriso e pranto, sonho e realidade, tudo amalgamado

Delirante, entre as temporais esferas, ele vigia
A chegada do sétimo dia, quando irá descansar
Tudo viveu, gerou, cuidou... Não, não temeria...

Já morreu tantas vezes (e renasceu o quanto queria)
A que virá, apenas passagem: mergulho num mar
Que a inefáveis plagas, tempos e sonhos o levará

Tádzio Nanan

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