Irrefreavelmente vem galgando os espaços
Semeando a verdade, com seus lavradores braços
Nada se lhe subtrairá, porque é força onividente
Revelando e traduzindo o que se inferia ausente
Com fulgurantes poderes e infalíveis laços
Captura, com suave brandura, o negror dos cansaços
De tudo que é vivo, restaurando sua força imanente
Enquanto desvela a miríade de formas à gente
Vem curar-nos da fúria fratricida do aço
Ensinando a bem-aventurança e fortalecendo o abraço
Apaziguando o coração tumultuado de ódios ingentes
Propondo um porvir em comum e conciliações urgentes
Com ligeireza avança, de pezinhos descalços
Diafanamente, despida das sombras, nos ignotos terraços
Das vastas amplidões que nos habitam a mente
E nos secretos jardins da casa do Onisciente
Tádzio Nanan
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