Nazareno redivivo, arquétipo da virtude
Fúlgida fortaleza do amor, da compaixão
Abraço conciliador, o perdão, a beatitude
Mas é alerta que ouço à sua pregação...
A pureza em divinal talhe, inabalável
Convertendo em abundância a escassez humana
Iluminada, é santa, sublime, imaculável
Mas seu condoído olhar já não me engana...
Certa vez, defrontei-me com a decantada verdade
Mas era uma profusão de mentiras a transviar o covarde
Com a miragem tragicômica dos ideais absolutos...
Deus? Mas somos falsos profetas consagrados ao vício!
Paz, justiça? Não é nossa miséria moral que faz este hospício?
A Revelação é que estamos sós e somos corruptos!
Tádzio Nanan
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