Tenho certeza
que o Brasil vai ensinar muita coisa ao mundo, eu apenas ainda não
descobri quais sejam estas coisas...
Talvez
ensinemos a desigualdade, a violência, a impunidade, os privilégios,
o patrimonialismo, os “jeitinhos” arraigados, os desvios de
caráter travestidos de inteligência e criatividade, ou simplesmente
o auto-engano...
Talvez a gente
possa ensinar a verdadeira fórmula da felicidade ao mundo: apesar de
todas as evidências em contrário, a gente diz que é feliz,
realizado, satisfeito, e ponto final! Ou seja, felicidade no Brasil é
ser hipócrita ou conformado!
É a síndrome
do avestruz da qual padece o brasileiro: enterra a cabeça no buraco
para não enxergar a realidade!
Começo a achar
que o brasileiro é uma vítima de si mesmo, da sua vaidade e
arrogância, do seu medo da verdade, que o conduzem a um auto-engano
tragicômico: ele é uma coisa e jura ser outra!
Minha tese é
que o brasileiro sofre de uma enfermidade: felicidade, satisfação
ilusória; para não decepcionar nem a si mesmo (e macular a imagem
que fazemos de nós mesmos), nem decepcionar seus compatriotas (e
deixá-los com inveja, o que pensamos ser uma delícia), nem
decepcionar o resto do mundo (que espera que correspondamos as
ideologias inventadas por eles e por nós mesmos – somos reféns de
uma personagem fictícia).
Somos felizes,
somos alegres, temos virtudes, mas alguns graus abaixo do que supomos
e divulgamos, falaciosamente. E temos nossos problemas também –
bastante numerosos e severos, por sinal.
Pode ser que o
Brasil seja um país de loucos. Já pensaram nesta hipótese?
Vou lançar a
campanha: INTERNA O BRASIL!
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