segunda-feira, 3 de agosto de 2009

AMIGA SOLIDÃO

Encontro-me negando a existência do meu ser. Compartilho cada vez mais minhas fantasias fúteis, comunicando minhas aventuras inúteis a minha consciência cega que nega minhas vontades, que talha minha segurança, sufoca minha esperança.

Vivo entediado, realmente indignado com minha forma de viver na contramão.

Minha ânsia esvai-se em pensamentos vãos que sufocam minha alma, prendendo a respiração.

Vivo a sonhar procurando uma salvação, trazendo em meu peito a solidão.

Viver me desvanece em súplicas, buscando uma solução para a desolação que jugula meu coração. Por favor, chamem minha amiga solidão, a única que entende a razão deste meu pensamento tolo e pueril a invadir meu ser e preencher minha vida que se tornou uma grande desilusão.


Adriano Costa
Economista, Bancário e torcedor do Ceará

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