No final da década de 40, a musica brasileira conheceu um tempero novo: o Baião; seu artífice, um pernambucano de Exu, chamado artisticamente Luis Gonzaga, um sujeito que trazia uma música nova, alegre, quase falada que retratava o homem simples dos rincões do sertão esquecido, tendo como instrumento característico a sanfona, incluindo, assim, o Nordeste no rico universo da música brasileira.
Simultaneamente, no interior dos Estados Unidos, surgia uma musica nova, marginal, pois trazia em sua genética a alma negra, alegre e sensual: nascia o Rock and roll, e sua maior expressão apresentou-se na figura de um jovem caipira do Tennessee, de nome Elvis Presley, que difundiu a música para o mundo, influenciando uma infinidade de jovens mundo a fora, entre eles um baiano, fã de Luis Gonzaga e que também não resistiu àquela música americana, símbolo de tudo que era jovem, rebelde e moderno, chamado Raul Seixas. A partir daí, a vida pessoal e artística de Raul Seixas seria marcada pela amálgama de suas influências: o Baião dava a mão ao Rock and roll e não mais se distanciaram, ainda que nem sempre perceptível essa simbiose, ela fazia parte do código genético musical de Raul Seixas.
Como nota necrológica, Agosto foi o mês em que os três morreram, ainda que alguns insistam que Elvis não morreu! Pelo menos, deixou de ser visto enquanto humano, por aí. Até nisso os três artistas se uniram para deixar Agosto mais animado em homenagens.
E aqui, manifesto a minha reverência: toquem Raul, Elvis e Luis, eternamente!
Jorenilson Madeiros Medeiros
Economista, Escritor, Músico, Poeta
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