quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A FERA

A fera vem da sombra ancestral
E sua garganta a noite inteira verte
Que a luz envolve e reveste
Bêbeda, regurgita o Mal

Olhos incandescentes, labaredas queimando
De tanto desejar a Morte, que a espreita
Para juntas pregar a guerra como seita
Que é a constante do quando

Seu ódio asfixia a inspiração da Paz
Forjando miríade de grilhões, de gládios
Que fazem das épocas históricas plágios

O Inferno com suas mãos pode. E faz!
Ela quem é, somos nós?
Nossa oculta face, atroz?


Tádzio Nanan

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