(1)
A fera
Espera
O momento certo
De erguer o cetro
Impera
No instante
Em que se encerra
A censura da consciência
Esmera-se na vertigem da lucidez
E assoma na insensatez das paixões humanas
(2)
Um lobo corre
No labirinto da tua
Existência
Até que ele acha a saída
E destrona tua fugaz
Consciência
(3)
No esfíngico rincão
Do inconsciente
O primitivo que há em nós
Movimenta sua mão devastadora
No espelho
Esse antípoda de nós
Algoz silente e atroz
Íncubo que atormenta
A humanidade de todos
Medo de mim e dos outros
Hedionda face na íntima janela
Animal fugido da cela
Tádzio Nanan
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