Informe, aflita, errante apenas sombra
No ermo da alcova projetada do incognoscível
É miragem a vida, de concretude impossível
Esfinge cujo canto fatal assombra
Outra quimera a realidade, ilusão sensitiva
Divindade nascida da nossa inconsciência e loucura
A urgência infantil de semear luz na infinidade escura
Auto-engano psíquico, superstição cognitiva
O poeta revela, ele sabe: só existe o nada!
Raciocínio, sentimento, paixão: fraude biológica
Que é trama cerebral a existência, é mitológica
Entanto, fingi crer na mentira inculcada
Introjetando o absurdo espetáculo, desconexo
Onde tudo o que somos é vertigem e reflexo
Tádzio Nanan
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