terça-feira, 27 de outubro de 2009

VÊNUS DE ÉBANO

A lasciva noite jaz na epiderme
Exalando a luxúria dos amantes
A consagrada nudez: inquietante
Visão do Éden; obsessão em germe

Deusa de ébano, lábio africano
Divino lume o viço lhe engalana
O beijo, veneno doce como a cana
A desvairar o varão americano

Negra! Singular perla dos mares
Canto de sirena rasgando os ares
E o Odisseu se arrebatando

Manhã de primavera acordando
Êxtase sublime, loucos devaneios
Vertigens noturnas e seus enleios



Tádzio Nanan

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