A palavra é um dom; o silêncio também
Tádzio Nanan
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O conhecimento espanta, a sabedoria tranquiliza; ambos são necessários: conhecimento e sabedoria, espanto e tranqüilidade
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Acabemos com a família burguesa (o direito de herança) e acabamos com o Capital; acabando com o Capital, fazemos nascer a verdadeira família humana
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
ESFINGE - II
Gente vulgar, meu ser pacifica-se no caos
Num tropel de emoções, num viajar-se em naus
Imortais, rumo ao fim e ao limiar de tudo
Sorvendo a existência num divagar mudo
Nasço, morro, renasço... Vivo em outra esfera
Sou lírio e sou hera, todo o amálgama que contém
Nossa natureza, e hoje sei que o conforto da certeza
Não engendra o traço original que tem a beleza
Minha humanidade quer expandir-se ao infinito
Na dubiedade das horas, ser o silêncio e o grito
É fogo que arde e na própria chama se extingue
É a loucura do algoz que ao próprio corpo cinde
Mentes timoratas prenunciam: perderás a alma!
Vendi-a ao nascer. Noite, tu és quem me acalma!
Nos abismos sem luz, sonho o inconsciente coletivo
E só e em silêncio é que me sinto vivo
A vida é um sonho com reflexos de realidade
É ir esgotando o círio de uma fugaz identidade
Mas, cientes de que adiante, outra vez, acordaremos
E maiores, mais puros, mais livres, prosseguiremos...
Tádzio Nanan
Num tropel de emoções, num viajar-se em naus
Imortais, rumo ao fim e ao limiar de tudo
Sorvendo a existência num divagar mudo
Nasço, morro, renasço... Vivo em outra esfera
Sou lírio e sou hera, todo o amálgama que contém
Nossa natureza, e hoje sei que o conforto da certeza
Não engendra o traço original que tem a beleza
Minha humanidade quer expandir-se ao infinito
Na dubiedade das horas, ser o silêncio e o grito
É fogo que arde e na própria chama se extingue
É a loucura do algoz que ao próprio corpo cinde
Mentes timoratas prenunciam: perderás a alma!
Vendi-a ao nascer. Noite, tu és quem me acalma!
Nos abismos sem luz, sonho o inconsciente coletivo
E só e em silêncio é que me sinto vivo
A vida é um sonho com reflexos de realidade
É ir esgotando o círio de uma fugaz identidade
Mas, cientes de que adiante, outra vez, acordaremos
E maiores, mais puros, mais livres, prosseguiremos...
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Um dos maiores prazeres da vida é praticamente gratuito: assistir o mundo girar e apreciar as mudanças daí decorrentes
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
ESFINGE - I
Coração há que olvide tua beleza?
De rosa a desvirginar a primavera
De sol a inaugurar uma outra era
De novos sonhos e mais delicadeza
E alma há indiferente à tua tristeza?
Que confere ao teu olhar larga gravidade,
Como se lá houvesse sorumbática cidade
Onde reinasse noctívaga princesa
Teu olhar horrendo, de outra Medusa
Vai refazendo os corações humanos em pedra
E em tua plástica beleza só o malefício medra
Volúpia estéril, cristalizada na recusa
E teus gestos, que engendram sombras delirantes
Ora parecem pesadas: as memórias doídas?
Ora parecem abatidas: as paixões perdidas?
Malditas sombras, que te arrastam a vãos distantes
Bebe, triste e bela infanta de longínqua esfera
Um gole do Letes, sim, o esquecimento...
Antes que morras do tétrico sofrimento
Bebe um gole! Foge do mal que te lacera!
Tádzio Nanan
De rosa a desvirginar a primavera
De sol a inaugurar uma outra era
De novos sonhos e mais delicadeza
E alma há indiferente à tua tristeza?
Que confere ao teu olhar larga gravidade,
Como se lá houvesse sorumbática cidade
Onde reinasse noctívaga princesa
Teu olhar horrendo, de outra Medusa
Vai refazendo os corações humanos em pedra
E em tua plástica beleza só o malefício medra
Volúpia estéril, cristalizada na recusa
E teus gestos, que engendram sombras delirantes
Ora parecem pesadas: as memórias doídas?
Ora parecem abatidas: as paixões perdidas?
Malditas sombras, que te arrastam a vãos distantes
Bebe, triste e bela infanta de longínqua esfera
Um gole do Letes, sim, o esquecimento...
Antes que morras do tétrico sofrimento
Bebe um gole! Foge do mal que te lacera!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
A noite e a tempestade podem dar-te uma lição fundamental: a paciência
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
APOCALIPSE
Depois, o silêncio reinou outra vez
Depois das paixões, o esquecimento
Depois da razão, a frigidez
De um universo triste, sem argumento
Depois da dúvida hamletiana
Que confrangia o homem
E da sentença descartiana
Apenas sono, apenas ontem
Só, Ele revê a tudo, sem saudade
O quanto fizera, apaixonadamente
Sonhando a filosofia, a arte, a ciência
Mas, num lapso, criara a iniquidade
Consumindo tudo, obstinadamente
E quis pôr fim à Sua imprevidência...
Tádzio Nanan
Depois das paixões, o esquecimento
Depois da razão, a frigidez
De um universo triste, sem argumento
Depois da dúvida hamletiana
Que confrangia o homem
E da sentença descartiana
Apenas sono, apenas ontem
Só, Ele revê a tudo, sem saudade
O quanto fizera, apaixonadamente
Sonhando a filosofia, a arte, a ciência
Mas, num lapso, criara a iniquidade
Consumindo tudo, obstinadamente
E quis pôr fim à Sua imprevidência...
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Talvez a humanidade não tenha salvação, e por um motivo bem simples: o ser humano não é bom o suficiente
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
PARA SEMPRE NA MEMÓRIA DO TEMPO...
Para sempre na memória do tempo ficará escrito
Esse amor: sublime paixão de juventude
Que aguardou por teu gesto, mas tua atitude,
Soberba, indiferente, fê-lo ser proscrito...
Foste para onde não mais posso tocar-te ou ver-te:
Plaga distante, pátria de gênios, de bravos, de belas
Nesse altar, onde te adoro, só, rodeado de velas,
Tudo são ilusões de beijar-te e envolver-te...
Distante, embora estejas, ainda te sinto perto:
Sem te olhar te vejo, sem dizeres te escuto,
Se digo teu nome, choro desfeito em luto
Nessa paixão inútil que é viver deserto...
Incauto e otimista fui! Ah, fiquei sonhando o céu:
O paraíso recôndito que floresce em teu olhar,
Onde tudo esqueceria de simplesmente amar
Teu corpo palpitante sobre mim, lácteo véu...
Agridoce miragem no ermo da minha solidão!
Pudesse repousar o fio dos meus pensamentos
Outra vez em teu colo, encher-me de alentos
Perto de quem seria sereno e imortal guardião...
Tádzio Nanan
Esse amor: sublime paixão de juventude
Que aguardou por teu gesto, mas tua atitude,
Soberba, indiferente, fê-lo ser proscrito...
Foste para onde não mais posso tocar-te ou ver-te:
Plaga distante, pátria de gênios, de bravos, de belas
Nesse altar, onde te adoro, só, rodeado de velas,
Tudo são ilusões de beijar-te e envolver-te...
Distante, embora estejas, ainda te sinto perto:
Sem te olhar te vejo, sem dizeres te escuto,
Se digo teu nome, choro desfeito em luto
Nessa paixão inútil que é viver deserto...
Incauto e otimista fui! Ah, fiquei sonhando o céu:
O paraíso recôndito que floresce em teu olhar,
Onde tudo esqueceria de simplesmente amar
Teu corpo palpitante sobre mim, lácteo véu...
Agridoce miragem no ermo da minha solidão!
Pudesse repousar o fio dos meus pensamentos
Outra vez em teu colo, encher-me de alentos
Perto de quem seria sereno e imortal guardião...
Tádzio Nanan
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
ROSA DO MAINZ
Verão imortal, de ardente temperatura
És sol a pino, e também o mar e suave brisa...
Tua paisagem minha memória escraviza
E lança a rede do amor que a captura
Teu corpo – Deus, teu corpo, um cataclismo
Derribando os alicerces da minha razão
Indefeso, caio infinitamente em tua mão
Nutrindo este amor que obsessivamente cismo
Como te amo, minha princesa germânica!
Mais que o sol ama o azul no qual flutua
Mais que a estrela ama o infinito em que atua
Amo tua singela beleza, balsâmica
Rosa do Mainz, pudesse regar-te a formosura
Com o orvalho do meu amor primaveril
Intemerato, sincero, glorioso, febril
Em ti encontrar o elixir da minha cura...
Tádzio Nanan
És sol a pino, e também o mar e suave brisa...
Tua paisagem minha memória escraviza
E lança a rede do amor que a captura
Teu corpo – Deus, teu corpo, um cataclismo
Derribando os alicerces da minha razão
Indefeso, caio infinitamente em tua mão
Nutrindo este amor que obsessivamente cismo
Como te amo, minha princesa germânica!
Mais que o sol ama o azul no qual flutua
Mais que a estrela ama o infinito em que atua
Amo tua singela beleza, balsâmica
Rosa do Mainz, pudesse regar-te a formosura
Com o orvalho do meu amor primaveril
Intemerato, sincero, glorioso, febril
Em ti encontrar o elixir da minha cura...
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
O ser humano: a coisa mais sublime do universo, a coisa mais hedionda do universo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
LUZ
Irrefreavelmente vem galgando os espaços
Semeando a verdade, com seus lavradores braços
Nada se lhe subtrairá, porque é força onividente
Revelando e traduzindo o que se inferia ausente
Com fulgurantes poderes e infalíveis laços
Captura, com suave brandura, o negror dos cansaços
De tudo que é vivo, restaurando sua força imanente
Enquanto desvela a miríade de formas à gente
Vem curar-nos da fúria fratricida do aço
Ensinando a bem-aventurança e fortalecendo o abraço
Apaziguando o coração tumultuado de ódios ingentes
Propondo um porvir em comum e conciliações urgentes
Com ligeireza avança, de pezinhos descalços
Diafanamente, despida das sombras, nos ignotos terraços
Das vastas amplidões que nos habitam a mente
E nos secretos jardins da casa do Onisciente
Tádzio Nanan
Semeando a verdade, com seus lavradores braços
Nada se lhe subtrairá, porque é força onividente
Revelando e traduzindo o que se inferia ausente
Com fulgurantes poderes e infalíveis laços
Captura, com suave brandura, o negror dos cansaços
De tudo que é vivo, restaurando sua força imanente
Enquanto desvela a miríade de formas à gente
Vem curar-nos da fúria fratricida do aço
Ensinando a bem-aventurança e fortalecendo o abraço
Apaziguando o coração tumultuado de ódios ingentes
Propondo um porvir em comum e conciliações urgentes
Com ligeireza avança, de pezinhos descalços
Diafanamente, despida das sombras, nos ignotos terraços
Das vastas amplidões que nos habitam a mente
E nos secretos jardins da casa do Onisciente
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Ser sábio é basicamente poder olhar com tranquilidade para as coisas, sejam elas boas ou ruins
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 21 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Faz tua vida ser um exemplo para o mundo e não o mundo ser um exemplo para tua vida
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 20 de novembro de 2010
MEDITABUNDO
Antes, quando o Homem era potência
Secreto devaneio do esfíngico autor
Do espaço/tempo, do ousado criador
Da matéria, da anti-matéria, da consciência...
Antes, quando o Homem não sonhava
Quando a idéia da idéia tremeluzia
E a obra do braço humano adormecia
Déspota solitário, Ele imperava...
Antes, quando era silêncio a palavra
Quando nada fabricava a humana lavra
Ele, a absoluta razão do universo
Toda a explicação: verso, anverso...
Agora, o Homem, invertendo tudo
Faz Deus, meditabundo, ficar mudo
Tádzio Nanan
Secreto devaneio do esfíngico autor
Do espaço/tempo, do ousado criador
Da matéria, da anti-matéria, da consciência...
Antes, quando o Homem não sonhava
Quando a idéia da idéia tremeluzia
E a obra do braço humano adormecia
Déspota solitário, Ele imperava...
Antes, quando era silêncio a palavra
Quando nada fabricava a humana lavra
Ele, a absoluta razão do universo
Toda a explicação: verso, anverso...
Agora, o Homem, invertendo tudo
Faz Deus, meditabundo, ficar mudo
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Para investir em cérebros precisamos de muito dinheiro; mas para investir nos corações só precisamos de muito amor
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Deus inveja o homem porque ele pode escolher; o homem inveja Deus porque Ele não precisa
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
PRECE
O homem, refém de uma lógica consumista
Desfere golpes matricidas contra a Terra
Persegue excessos megalomaníacos e erra
Ao eleger o iníquo paradigma capitalista
Violentada, a natureza adoece, sangra, berra
Contra esse modus vivendi pródigo, materialista
(que nos tem degenerado em cegueira a vista)
De destrutiva avidez, que nos sevicia e aferra
Vamos juntos, em silêncio, dar-nos as mãos
E redescobrir o sagrado elo que nos irmana
Homem e Terra. Vencer a doença, viver sãos
Para estarmos aqui como um só, como irmãos
Esquecidos de que um dia levamos esta vida insana
Baseada na força bruta, na força do ouro e da grana
Tádzio Nanan
Desfere golpes matricidas contra a Terra
Persegue excessos megalomaníacos e erra
Ao eleger o iníquo paradigma capitalista
Violentada, a natureza adoece, sangra, berra
Contra esse modus vivendi pródigo, materialista
(que nos tem degenerado em cegueira a vista)
De destrutiva avidez, que nos sevicia e aferra
Vamos juntos, em silêncio, dar-nos as mãos
E redescobrir o sagrado elo que nos irmana
Homem e Terra. Vencer a doença, viver sãos
Para estarmos aqui como um só, como irmãos
Esquecidos de que um dia levamos esta vida insana
Baseada na força bruta, na força do ouro e da grana
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Um homem, despido de suas paixões, é um sábio; um sábio, despido de seus medos, é um deus
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Os meus preconceitos são todos muito bem fundamentados nas coisas que ignoro
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 16 de novembro de 2010
NIILISMO
Nazareno redivivo, arquétipo da virtude
Fúlgida fortaleza do amor, da compaixão
Abraço conciliador, o perdão, a beatitude
Mas é alerta que ouço à sua pregação...
A pureza em divinal talhe, inabalável
Convertendo em abundância a escassez humana
Iluminada, é santa, sublime, imaculável
Mas seu condoído olhar já não me engana...
Certa vez, defrontei-me com a decantada verdade
Mas era uma profusão de mentiras a transviar o covarde
Com a miragem tragicômica dos ideais absolutos...
Deus? Mas somos falsos profetas consagrados ao vício!
Paz, justiça? Não é nossa miséria moral que faz este hospício?
A Revelação é que estamos sós e somos corruptos!
Tádzio Nanan
Fúlgida fortaleza do amor, da compaixão
Abraço conciliador, o perdão, a beatitude
Mas é alerta que ouço à sua pregação...
A pureza em divinal talhe, inabalável
Convertendo em abundância a escassez humana
Iluminada, é santa, sublime, imaculável
Mas seu condoído olhar já não me engana...
Certa vez, defrontei-me com a decantada verdade
Mas era uma profusão de mentiras a transviar o covarde
Com a miragem tragicômica dos ideais absolutos...
Deus? Mas somos falsos profetas consagrados ao vício!
Paz, justiça? Não é nossa miséria moral que faz este hospício?
A Revelação é que estamos sós e somos corruptos!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Receitinha caseira para um mundo melhor:
1) os três crivos de Sócrates
2) o “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” e “amai vossos inimigos”, do Cristo
3) o lema comunista: a cada um segundo suas necessidades, de cada um segundo suas capacidades
4) a frase de Gandhi: olho por olho e o mundo acabará cego
5) a frase de Mandela: as pessoas não são amadas porque são boas, as pessoas são boas porque são amadas
Tádzio Nanan
1) os três crivos de Sócrates
2) o “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” e “amai vossos inimigos”, do Cristo
3) o lema comunista: a cada um segundo suas necessidades, de cada um segundo suas capacidades
4) a frase de Gandhi: olho por olho e o mundo acabará cego
5) a frase de Mandela: as pessoas não são amadas porque são boas, as pessoas são boas porque são amadas
Tádzio Nanan
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Ama! Só o amor pode te salvar do pior que há em ti; só o amor pode te salvar do pior que há nos outros; só o amor pode te salvar do pior que há no mundo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 14 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
O esforço é o sagrado rito da minha religião...
O esforço é o sagrado rito da minha religião
Quando se me revelam a divindade e a virtude
Sereno santuário em que revigoro a convicção
De dirimir a sede na taça da plenitude
O esforço é o campo onde semeio a vida
Para vê-la brotar numa flor transcendente
Ser-me-á leve grilhão a árdua lida
Se somar um pouco mais ao existente
O esforço é minha inspiração; mítica nau
Deslizando à fonte da minha esperança
Para que a imperfeição se redescubra cabal
E do Pai eu seja imagem e semelhança
Seja o esforço toda a ciência que conheça
Minha matemática, jurisprudência, filosofia
Com suas mãos alcançarei o que mereça
Tendo realizado a maior e a mais cara utopia
O esforço é clamor divino por superação
É desejo viril de superação da natureza
Vontade de re-fundar o mundo pela ação
E negando tudo, inventar outra certeza
O emprego da força física, corpórea e mental
É a gênese do progresso, motor da história
Ato que transforma em realidade o remoto ideal
E nos estimula com os ósculos da vitória
Tádzio Nanan
Quando se me revelam a divindade e a virtude
Sereno santuário em que revigoro a convicção
De dirimir a sede na taça da plenitude
O esforço é o campo onde semeio a vida
Para vê-la brotar numa flor transcendente
Ser-me-á leve grilhão a árdua lida
Se somar um pouco mais ao existente
O esforço é minha inspiração; mítica nau
Deslizando à fonte da minha esperança
Para que a imperfeição se redescubra cabal
E do Pai eu seja imagem e semelhança
Seja o esforço toda a ciência que conheça
Minha matemática, jurisprudência, filosofia
Com suas mãos alcançarei o que mereça
Tendo realizado a maior e a mais cara utopia
O esforço é clamor divino por superação
É desejo viril de superação da natureza
Vontade de re-fundar o mundo pela ação
E negando tudo, inventar outra certeza
O emprego da força física, corpórea e mental
É a gênese do progresso, motor da história
Ato que transforma em realidade o remoto ideal
E nos estimula com os ósculos da vitória
Tádzio Nanan
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Quando o ser humano souber o sentido de tudo é possível que nada mais lhe faça sentido
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 9 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A finalidade do humano não é o consumo (como quer o Capital), não é a salvação (como quer a religião), não é nem mesmo a felicidade (como quer a filosofia); a finalidade do humano é a busca
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A escassez é má, mas ensina a disciplina; a abundância é ótima, mas ensina a prodigalidade
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 7 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Não se engane com as boas maneiras, com a bela indumentária, com o discurso edificante: o humano é o que está por trás de tudo isso
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Viva intensamente, mas não confunda intensidade com estupidez e frivolidade
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Sê cético; mas não erroneamente cético, como os niilistas.
Sê cético como os filósofos, que pesam e ponderam
Tádzio Nanan
Sê cético como os filósofos, que pesam e ponderam
Tádzio Nanan
sábado, 30 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Sê cínico; mas não erroneamente cínico, como os políticos.
Sê cínico como Diógenes, da Grécia Antiga
Tádzio Nanan
Sê cínico como Diógenes, da Grécia Antiga
Tádzio Nanan
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
O bom é inimigo do ótimo, o ótimo é inimigo do perfeito, e o perfeito é inimigo da saúde
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Faz teu trabalho bem feito, mas faz também tua vida ser muito maior que ele
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
SERVIDÃO!
Existo?
Existo conscientemente?
Sou verdadeiramente consequência da minha vontade?
Ou sou a sombra, o reflexo de uma outra coisa?
Ou sou a vontade de uma outra coisa?
Sinto que algo perpassa minha existência, existindo em mim, sem ser eu mesmo
Este algo alimenta-se de mim, como um parasita
Este algo me tem, mas eu não o tenho, nem sei sobre ele
E se este algo me deixa acreditar que existo, que tenho consciência, isto é, que faço escolhas, que quero isto, não quero aquilo, que amo este e odeio aquele, que concordo com isto e discordo daquilo, que sou filosoficamente livre?
Que algo seria este?
Escrevo esta reflexão porque quero?
Fui eu quem decidiu fazê-lo, realmente? Ou miríade de fatores misturam-se para que, enfim, eu sentisse esta reflexão, eu pensasse esta reflexão, eu fizesse esta reflexão?
Mas sou eu mesmo o seu autor?
Escrevo, leio, vivo, amo, mato, morro, porque quero, ou querem por mim, porque decido, ou decidem por mim? Mas quem quer por mim, quem decide por mim?
O que quer de mim, tal demônio?
Talvez eu seja uma simples fachada, veú encobrindo o verdadeiro espetáculo, onde tudo se dá, onde todas as decisões são efetivamente tomadas...
A abscôndita realidade do mundo...
A abscôndita verdade dos fatos...
E se a verdade estiver para além de mim mesmo, da máscara do meu rosto, da capa perecível do meu corpo, e se estiver mesmo além das elucubrações da minha mente, que se julgava livre e autônoma para pensar e refletir, mas que, na verdade, não é?
Há algo de errado...
O quê?
Aonde?
Uma fissura no bloco monolítico da Grande Mentira (a Vida), da Grande Ilusão (a Consciência), deixa escapar a verdade última das coisas, terrível verdade:
há sérias dúvidas sobre sermos livres, autônomos, auto-determinados
Minhas escolhas refletem o livre-arbítrio da minha ética pessoal?
E se as minhas escolhas, todas elas, todas elas, apenas refletirem a bioquímica cerebral, e nunca meus cálculos racionais, meus sentimentos mais profundos, que são meus desejos e minhas aspirações?
E se eu não sentir o que sinto?
E se eu não pensar o que penso?
E se eu não existir autonomamente?
E se não sentirmos o que sentimos?
E se não pensarmos o que pensamos?
E se não existirmos autonomamente?
E se o livre-arbítrio for a mais cara ilusão do Homem?
O Homem, que já se achou o centro do universo...
O Homem, que já se pensou filho dileto de um Deus criador do universo...
O Homem, que já se acreditou livre e auto-determinado, senhor de si...
Quão tolo pode ser o Homem...
Assim, a liberdade não é mais que um sofisma
Em nossa essência há um escravo resignado com sua condição vegetativa e que inventa belas histórias para si mesmo na tentativa desesperada de tornar sua obscura existência menos sombria e miserável...
Mas a verdade é que um totalitarismo invisível nos governa a todos
e semeia em nossas mentes a falaciosa idéia de que somos livres
Mas não somos!
O que sou?
Animal-máquina sem alma, passível de programação e condicionamento, escravizado por laços que eu próprio desconheço, mero fantoche, autômato, títere, sempre a consequência e nunca a causa?
Mas consequência de que causa?
A química cerebral?
As atividades neurônicas?
O intercâmbio entre sinapses nervosas?
Agora, façamos um exercício lógico: se não decidi, autônoma e conscientemente, ser o que sou, quem eu sou, é razoável pensar que ser mudarmos tal ou qual variável (que obviamente não conheço, muito menos controlo) eu seria outro totalmente diverso de mim mesmo, poderia ser tudo o que não sou, sentir tudo o que não sinto, pensar tudo o que não penso, se apenas mudassem estas tais e quais variáveis... O CAOS! Mudanças infinitesimais gerando complexidades crescentes, até outros Big-Bangs...
Se eu poderia ser outro qualquer, e outro qualquer poderia ser o que sou, eu não sou eu, nem este outro qualquer é ele
Concluindo
Tudo que existe é arbítrio, condicionamento, escravidão
Assim, meus enganados, iludidos, traídos leitores, nada escolhemos
Somos uma completa fraude; cada um e todos nós
O que somos é pura química, pura biologia, animais sem alma e sem vontade própria
Não existe escolha. Só destino
Não existe escolha. SÓ SERVIDÃO!
Tádzio Nanan
Existo conscientemente?
Sou verdadeiramente consequência da minha vontade?
Ou sou a sombra, o reflexo de uma outra coisa?
Ou sou a vontade de uma outra coisa?
Sinto que algo perpassa minha existência, existindo em mim, sem ser eu mesmo
Este algo alimenta-se de mim, como um parasita
Este algo me tem, mas eu não o tenho, nem sei sobre ele
E se este algo me deixa acreditar que existo, que tenho consciência, isto é, que faço escolhas, que quero isto, não quero aquilo, que amo este e odeio aquele, que concordo com isto e discordo daquilo, que sou filosoficamente livre?
Que algo seria este?
Escrevo esta reflexão porque quero?
Fui eu quem decidiu fazê-lo, realmente? Ou miríade de fatores misturam-se para que, enfim, eu sentisse esta reflexão, eu pensasse esta reflexão, eu fizesse esta reflexão?
Mas sou eu mesmo o seu autor?
Escrevo, leio, vivo, amo, mato, morro, porque quero, ou querem por mim, porque decido, ou decidem por mim? Mas quem quer por mim, quem decide por mim?
O que quer de mim, tal demônio?
Talvez eu seja uma simples fachada, veú encobrindo o verdadeiro espetáculo, onde tudo se dá, onde todas as decisões são efetivamente tomadas...
A abscôndita realidade do mundo...
A abscôndita verdade dos fatos...
E se a verdade estiver para além de mim mesmo, da máscara do meu rosto, da capa perecível do meu corpo, e se estiver mesmo além das elucubrações da minha mente, que se julgava livre e autônoma para pensar e refletir, mas que, na verdade, não é?
Há algo de errado...
O quê?
Aonde?
Uma fissura no bloco monolítico da Grande Mentira (a Vida), da Grande Ilusão (a Consciência), deixa escapar a verdade última das coisas, terrível verdade:
há sérias dúvidas sobre sermos livres, autônomos, auto-determinados
Minhas escolhas refletem o livre-arbítrio da minha ética pessoal?
E se as minhas escolhas, todas elas, todas elas, apenas refletirem a bioquímica cerebral, e nunca meus cálculos racionais, meus sentimentos mais profundos, que são meus desejos e minhas aspirações?
E se eu não sentir o que sinto?
E se eu não pensar o que penso?
E se eu não existir autonomamente?
E se não sentirmos o que sentimos?
E se não pensarmos o que pensamos?
E se não existirmos autonomamente?
E se o livre-arbítrio for a mais cara ilusão do Homem?
O Homem, que já se achou o centro do universo...
O Homem, que já se pensou filho dileto de um Deus criador do universo...
O Homem, que já se acreditou livre e auto-determinado, senhor de si...
Quão tolo pode ser o Homem...
Assim, a liberdade não é mais que um sofisma
Em nossa essência há um escravo resignado com sua condição vegetativa e que inventa belas histórias para si mesmo na tentativa desesperada de tornar sua obscura existência menos sombria e miserável...
Mas a verdade é que um totalitarismo invisível nos governa a todos
e semeia em nossas mentes a falaciosa idéia de que somos livres
Mas não somos!
O que sou?
Animal-máquina sem alma, passível de programação e condicionamento, escravizado por laços que eu próprio desconheço, mero fantoche, autômato, títere, sempre a consequência e nunca a causa?
Mas consequência de que causa?
A química cerebral?
As atividades neurônicas?
O intercâmbio entre sinapses nervosas?
Agora, façamos um exercício lógico: se não decidi, autônoma e conscientemente, ser o que sou, quem eu sou, é razoável pensar que ser mudarmos tal ou qual variável (que obviamente não conheço, muito menos controlo) eu seria outro totalmente diverso de mim mesmo, poderia ser tudo o que não sou, sentir tudo o que não sinto, pensar tudo o que não penso, se apenas mudassem estas tais e quais variáveis... O CAOS! Mudanças infinitesimais gerando complexidades crescentes, até outros Big-Bangs...
Se eu poderia ser outro qualquer, e outro qualquer poderia ser o que sou, eu não sou eu, nem este outro qualquer é ele
Concluindo
Tudo que existe é arbítrio, condicionamento, escravidão
Assim, meus enganados, iludidos, traídos leitores, nada escolhemos
Somos uma completa fraude; cada um e todos nós
O que somos é pura química, pura biologia, animais sem alma e sem vontade própria
Não existe escolha. Só destino
Não existe escolha. SÓ SERVIDÃO!
Tádzio Nanan
terça-feira, 26 de outubro de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Está mais do que na hora de invertermos a relação: não são as pessoas que possuem cérebros, são os cérebros que possuem pessoas
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Diante das especulações da física moderna (novas dimensões do Tempo-Espaço, universos múltiplos e paralelos, outras formas de vida e consciência), só posso pensar: nada mais metafísico que a física
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 24 de outubro de 2010
EXTINÇÃO - II
Biologicamente, somos coveiros
Da própria linhagem. Deter-nos-á
Justamente a inteligência, ao despertar
Nossa super-raça imanente de guerreiros,
Que do espelho transporá a margem.
Desfeito o grilhão, arrebatar-nos-á o trono;
Então, sucumbiremos no inescrutável sono
Da extinção: derradeira humana viagem
E tatuagem apenas no corpo da história,
Que se desvanecerá, outrossim, como tudo
Que é grito selvagem a matéria, mas surdo
E a frigidez inorgânica seu zênite e glória!
(É um Cavalo de Tróia o conhecimento
Grávido da morte e do esquecimento...)
Tádzio Nanan
Da própria linhagem. Deter-nos-á
Justamente a inteligência, ao despertar
Nossa super-raça imanente de guerreiros,
Que do espelho transporá a margem.
Desfeito o grilhão, arrebatar-nos-á o trono;
Então, sucumbiremos no inescrutável sono
Da extinção: derradeira humana viagem
E tatuagem apenas no corpo da história,
Que se desvanecerá, outrossim, como tudo
Que é grito selvagem a matéria, mas surdo
E a frigidez inorgânica seu zênite e glória!
(É um Cavalo de Tróia o conhecimento
Grávido da morte e do esquecimento...)
Tádzio Nanan
MILLÔNIANA DO DIA:
O mundo divide-se entre os presunçosos que querem “aparecer” e os ingênuos que querem ser felizes
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 23 de outubro de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Ocorre-me agora uma frase para definir a civilização humana: “muito barulho por nada”
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
EXTINÇÃO - I
O desejo humano de se sobrepor à natureza
Revigora-se com o beijo ambíguo da tecnologia:
Divindade pós-moderna, de obscura teologia
Cujo evangelho professa temerária certeza...
Porque traz como potência corte evolucionário
Semeando os futuros possíveis com rupturas
Abrindo feridas que não mais terão suturas
Apagando o verbete Humano do universal dicionário...
Subliminarmente, nossa inteligência visa a auto-extinção
Na iminência de ascenção de um novo paradigma genético
Alheio às noções do Bem e do Mal, imortal, cibernético...
Antifilosófica, antiestética, amoral, outra civilização
Surgirá. Patifaria humana, a religião também ruirá
Tudo que é sólido, disseram, se desmancha no ar...
Tádzio Nanan
Revigora-se com o beijo ambíguo da tecnologia:
Divindade pós-moderna, de obscura teologia
Cujo evangelho professa temerária certeza...
Porque traz como potência corte evolucionário
Semeando os futuros possíveis com rupturas
Abrindo feridas que não mais terão suturas
Apagando o verbete Humano do universal dicionário...
Subliminarmente, nossa inteligência visa a auto-extinção
Na iminência de ascenção de um novo paradigma genético
Alheio às noções do Bem e do Mal, imortal, cibernético...
Antifilosófica, antiestética, amoral, outra civilização
Surgirá. Patifaria humana, a religião também ruirá
Tudo que é sólido, disseram, se desmancha no ar...
Tádzio Nanan
MILLÔNIANA DO DIA:
Todo artista, todo pensador, todo criador tem uma faceta pretensiosa e ridícula
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
RETORNO
Da abscôndita noite oceânica a vida veio
Grávida do propósito evolutivo: a consciência
Que é benção e castigo, liberdade e penitência
A verter o acre-doce leite do seu seio...
O desígnio do nosso universo é a civilização humana
Ainda que a golpeemos com a pesada mão fratricida
Mas haverá a hora de evitarmos o caminho suicida
E à refulgente vereda seguirmos, que irmana...
Na intuitiva antevisão do porvir, somos completos
Nossos corpos e mentes transbordam, repletos
Auge primaveril da evolução, reflexo do perfeito...
Não obstante a glória (desejo ardente, a divindade
Nem por isso existe: é horror do escuro, é vaidade)
À noite tornamos: íntimo e sepulcral leito...
Tádzio Nanan
Grávida do propósito evolutivo: a consciência
Que é benção e castigo, liberdade e penitência
A verter o acre-doce leite do seu seio...
O desígnio do nosso universo é a civilização humana
Ainda que a golpeemos com a pesada mão fratricida
Mas haverá a hora de evitarmos o caminho suicida
E à refulgente vereda seguirmos, que irmana...
Na intuitiva antevisão do porvir, somos completos
Nossos corpos e mentes transbordam, repletos
Auge primaveril da evolução, reflexo do perfeito...
Não obstante a glória (desejo ardente, a divindade
Nem por isso existe: é horror do escuro, é vaidade)
À noite tornamos: íntimo e sepulcral leito...
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Os punhos doem, mas as palavras doem mais; as lâminas cortam, mas as palavras cortam mais; as bombas conflagram, mas as palavras conflagram mais
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A HORA DO LOBO
Vício, há tempo nos dedicamos ao ilícito hediondo
E nos precipícios noturnos saltamos, alienados
Sucumbindo em opiáceos delírios, paralisados
Mil horrores cortinas de sombras nos impondo...
Morte, sei que me cobiça tua mórbida luxúria
Que maquinas com o Tempo, velhaco libertino
Meu fim – que qualquer um é teu desde menino
Mas, como Sísifo, hei de enganar-te a fúria...
E os gentis amigos Mal-Estar, Necessidade, Desespero
Arautos do ocaso, acolhem-me em recanto hospitaleiro
- amizades verdadeiras e luminares esperanças de futuro...
Ah, o completo desperdício de sonhos, ideias, ideais...
Entre brutos, ser bruto! Sobrevenham disposições infernais
Lobo uivando à selva humana, e sedento: eu auguro!
Tádzio Nanan
E nos precipícios noturnos saltamos, alienados
Sucumbindo em opiáceos delírios, paralisados
Mil horrores cortinas de sombras nos impondo...
Morte, sei que me cobiça tua mórbida luxúria
Que maquinas com o Tempo, velhaco libertino
Meu fim – que qualquer um é teu desde menino
Mas, como Sísifo, hei de enganar-te a fúria...
E os gentis amigos Mal-Estar, Necessidade, Desespero
Arautos do ocaso, acolhem-me em recanto hospitaleiro
- amizades verdadeiras e luminares esperanças de futuro...
Ah, o completo desperdício de sonhos, ideias, ideais...
Entre brutos, ser bruto! Sobrevenham disposições infernais
Lobo uivando à selva humana, e sedento: eu auguro!
Tádzio Nanan
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A evolução fez a natureza e a humanidade tal como a conhecemos; a r(evolução) tecnológica fará outras naturezas e pós-humanidades
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 17 de outubro de 2010
O GRANDE IRMÃO NEGRO EM SUA SOBERBA ARROGANTE ...
O grande irmão negro em sua soberba arrogante!
É a sua civilização: excessos luxuriosos, imorais...
Onde tiranamente legisla, segundo lógica infante
Que assola a Terra com a ilusão de sempre querer mais...
Enquanto a diáfana irmã escasseia; ela, a geratriz da vida!
Poluem suas fontes com industriais resíduos radioativos
E todos os dias a morte salta das sombras e nos convida
A aceitar severa aridez como a sina dos seres vivos...
Essa engrenagem voraz, o capitalismo hodierno
Não se sabe bem: representação do céu ou do inferno?
Onde o exagero burlesco é evidente sintoma de falta...
Na insustentavelmente atroz e insidiosa guerra pelo lucro
A extinção de toda riqueza natural aí tem seu fulcro;
mas a consciência crítica germinará na mente incauta!
Tádzio Nanan
É a sua civilização: excessos luxuriosos, imorais...
Onde tiranamente legisla, segundo lógica infante
Que assola a Terra com a ilusão de sempre querer mais...
Enquanto a diáfana irmã escasseia; ela, a geratriz da vida!
Poluem suas fontes com industriais resíduos radioativos
E todos os dias a morte salta das sombras e nos convida
A aceitar severa aridez como a sina dos seres vivos...
Essa engrenagem voraz, o capitalismo hodierno
Não se sabe bem: representação do céu ou do inferno?
Onde o exagero burlesco é evidente sintoma de falta...
Na insustentavelmente atroz e insidiosa guerra pelo lucro
A extinção de toda riqueza natural aí tem seu fulcro;
mas a consciência crítica germinará na mente incauta!
Tádzio Nanan
sábado, 16 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Enquanto parte da humanidade, somos grandes pois fazemos parte de um todo maior, somos pequenos pois fazemos parte de um todo maior
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Não é possível salvar o Homem... do Homem;
não é possível fugir de si mesmo
Tádzio Nanan
não é possível fugir de si mesmo
Tádzio Nanan
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
URGE
Urge regar a luz
para que desabroche em áureos dias
que trarão amplos céus azuis
e outras divinais alegrias
Urge cultivar a esperança
para que se realize num vasto pomar
com frutos até onde a vista alcança:
paz, amor, sonhos, lar
Urge deter do medo
o discurso receoso e infame
ferozmente, pôr em riste o dedo
na cara da senil e fatal Madame
Em uníssono, urge afiar o grito
dilacerando o cinismo dos abastados
fazendo do contestar um novo rito
que nos faça lembrar dos deserdados
Urge com fúria levantar o braço
como se avisando: haverá guerra
e propagar o retinir do aço
para depurar dos maus a Terra
Urge da dúvida escarnecer
acovardar-se só intimamente
e deixar irremovível certeza romper
os limites, esgarçando-os tenazmente
Urge ouvir cantar a manhã
sobre o silêncio que gera a noite
libertando os filhos do amanhã
da vil miséria, do vil açoite
Tádzio Nanan
para que desabroche em áureos dias
que trarão amplos céus azuis
e outras divinais alegrias
Urge cultivar a esperança
para que se realize num vasto pomar
com frutos até onde a vista alcança:
paz, amor, sonhos, lar
Urge deter do medo
o discurso receoso e infame
ferozmente, pôr em riste o dedo
na cara da senil e fatal Madame
Em uníssono, urge afiar o grito
dilacerando o cinismo dos abastados
fazendo do contestar um novo rito
que nos faça lembrar dos deserdados
Urge com fúria levantar o braço
como se avisando: haverá guerra
e propagar o retinir do aço
para depurar dos maus a Terra
Urge da dúvida escarnecer
acovardar-se só intimamente
e deixar irremovível certeza romper
os limites, esgarçando-os tenazmente
Urge ouvir cantar a manhã
sobre o silêncio que gera a noite
libertando os filhos do amanhã
da vil miséria, do vil açoite
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Por que existe alguma coisa (universo, vida, consciência) ao invés de nada? Você é livre para escolher: porque Deus assim o quis, ou por causa de um improbabilíssimo acaso
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Alguém menos perspicaz pode dizer: Tudo é dinheiro!
Não!! Tudo é vaidade, tudo é vaidade!!
Tádzio Nanan
Não!! Tudo é vaidade, tudo é vaidade!!
Tádzio Nanan
sábado, 9 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Alguém menos perspicaz pode dizer: Tudo é sexo!
Não!! Tudo é vaidade, tudo é vaidade!!
Tádzio Nanan
Não!! Tudo é vaidade, tudo é vaidade!!
Tádzio Nanan
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
DESENCANTO
Sonhos a perder de vista... Ilusões já perdidas!
As máscaras da vida, desfeitas, uma a uma...
E seu rosto é informe, sem esperança alguma
Tais as tragédias que nele podem ser lidas
Tanto sonhei com a paz perpétua e o bem
Que éramos capazes de expelir o ódio do peito
E a vaidade – afago do demônio, sem atrativo e efeito
Esvairia ante uma filosofia que nos conduzisse além...
Ah, os dias de ventura, de primaveris pensamentos
Que se revelavam em nobres ações de fé e coragem...
Mas o inverno irrompeu, vindo com ele a voragem
Dum fatal desencanto: somos feitos dos vis elementos!
A triste verdada... não liberta, nem é bela ou boa
Espelho refletindo o cruel inimigo: a gente próprio
Como ir superando o vício se nosso sangue é o ópio
Que nos embriaga, macula, transvia, atordoa?!
Tádzio Nanan
As máscaras da vida, desfeitas, uma a uma...
E seu rosto é informe, sem esperança alguma
Tais as tragédias que nele podem ser lidas
Tanto sonhei com a paz perpétua e o bem
Que éramos capazes de expelir o ódio do peito
E a vaidade – afago do demônio, sem atrativo e efeito
Esvairia ante uma filosofia que nos conduzisse além...
Ah, os dias de ventura, de primaveris pensamentos
Que se revelavam em nobres ações de fé e coragem...
Mas o inverno irrompeu, vindo com ele a voragem
Dum fatal desencanto: somos feitos dos vis elementos!
A triste verdada... não liberta, nem é bela ou boa
Espelho refletindo o cruel inimigo: a gente próprio
Como ir superando o vício se nosso sangue é o ópio
Que nos embriaga, macula, transvia, atordoa?!
Tádzio Nanan
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Ser feliz não é tentar realizar os sonhos, mas ter sonhos realizáveis
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 5 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Os homens precisam das mulheres mais do que gostam delas; as mulheres gostam dos homens mais do que precisam deles
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O pusilânime quer o aplauso dos poderosos, nem que para isso cause o pranto dos mais fracos; o destemido quer o aplauso dos mais fracos, nem que para isso cause a ira dos poderosos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
DUAS ESTÓRIAS DE AMOR INDELÉVEL
*
Qualquer instante guarda a eternidade em si
Porque nele sussurram as vozes das infinitas coisas existentes
Decorrentes de outras infinitas coisas já extintas (na verdade, não extintas, mas que se transformaram, apenas)
E fonte das outras coisas que haverão de existir ainda, numa interminável, irrefreável e inter-relacionada cadeia de causa e efeito, que se retro-alimenta, a maior de todas as belezas físicas
Todo instante marca indelevelmente a memória do tempo, o corpo do espaço, que são o verdadeiro Deus a venerar
Um dia saberemos acessá-los: tempo, espaço, Deus, e todas as verdades, enfim, nos serão reveladas, dentre as quais, o Absoluto, que, ou se redescobrirá relativo ou nós mesmos nos redescobriremos absolutos
A eternidade, portanto, são infinitas ondas de eternidades que se complementam, ondas passageiras e evanescentes, como o instante, que é eterno e infinito, porque encerra tudo: todo o antes, todo o depois
Que amantes apaixonados a eternidade e o instante!
*
O pensamento é infinito
E quanto mais o pensamento percorre os labirintos cerebrais, mais e mais alarga todas as fronteiras, inventando outros universos; igual à luz, quando se espalha, revelando tesouros de cores e formas
Mas é só fátuo lampejo o pensamento quando o pomos em modelos, vulgares arquiteturas de números e palavras, porque o pensamento só é infinito na mente, porque esta é infinita, integrada à pura energia universal, e dela à linguagem quase tudo se perde, irremediavelmente, ou torna-se sofisma ou poesia medíocre
Quanto maior é o pensamento mais ele
Repousa nos olhos
Silencia nos lábios
Arde no peito dos que o concebem (e, reciprocamente, são concebidos por ele)
O maior pensamento, o pensamento infinito não pode ser traduzido porque é um tipo de “sentimento”, só podendo ser (com)partilhado entre almas, espíritos
Que amantes apaixonados espírito, mente e pensamento!
Tádzio Nanan
Qualquer instante guarda a eternidade em si
Porque nele sussurram as vozes das infinitas coisas existentes
Decorrentes de outras infinitas coisas já extintas (na verdade, não extintas, mas que se transformaram, apenas)
E fonte das outras coisas que haverão de existir ainda, numa interminável, irrefreável e inter-relacionada cadeia de causa e efeito, que se retro-alimenta, a maior de todas as belezas físicas
Todo instante marca indelevelmente a memória do tempo, o corpo do espaço, que são o verdadeiro Deus a venerar
Um dia saberemos acessá-los: tempo, espaço, Deus, e todas as verdades, enfim, nos serão reveladas, dentre as quais, o Absoluto, que, ou se redescobrirá relativo ou nós mesmos nos redescobriremos absolutos
A eternidade, portanto, são infinitas ondas de eternidades que se complementam, ondas passageiras e evanescentes, como o instante, que é eterno e infinito, porque encerra tudo: todo o antes, todo o depois
Que amantes apaixonados a eternidade e o instante!
*
O pensamento é infinito
E quanto mais o pensamento percorre os labirintos cerebrais, mais e mais alarga todas as fronteiras, inventando outros universos; igual à luz, quando se espalha, revelando tesouros de cores e formas
Mas é só fátuo lampejo o pensamento quando o pomos em modelos, vulgares arquiteturas de números e palavras, porque o pensamento só é infinito na mente, porque esta é infinita, integrada à pura energia universal, e dela à linguagem quase tudo se perde, irremediavelmente, ou torna-se sofisma ou poesia medíocre
Quanto maior é o pensamento mais ele
Repousa nos olhos
Silencia nos lábios
Arde no peito dos que o concebem (e, reciprocamente, são concebidos por ele)
O maior pensamento, o pensamento infinito não pode ser traduzido porque é um tipo de “sentimento”, só podendo ser (com)partilhado entre almas, espíritos
Que amantes apaixonados espírito, mente e pensamento!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Uma verdade para os outros pode ser uma mentira para mim; uma verdade para mim pode ser uma mentira para os outros
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O ser humano acha que a Terra lhe foi dada, como dádiva; mas ele é que foi dado à Terra, como praga
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Toda a delícia de existir coincide também com toda a tragédia: nossas necessidades e desejos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 28 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O conhecimento, a tecnologia, a técnica tendem a resolver o problema econômico (produzir mais, a custos menores); mas, e o problema moral (preservar a natureza, dividir mais igualmente o produto social, cuidar dos mais fracos, oferecer oportunidades iguais para todos, solidariedade, fraternidade, tolerância, altruísmo, respeito, convivência pacífica e harmoniosa)? A religião, a educação(formal), a ética, vêm fracassando há séculos na consecução desses objetivos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
JP e um caso colegial
JP percebeu que podia ouvir com alguma clareza os ruídos que suas amiguinhas faziam, no vestiário ao lado, antes e depois das aulas de educação física, e pôs-se a maquinar que poderia haver, quem sabe – seria bom demais para ser verdade?, um duto de ar que estivesse levando os sons de um vestiário ao outro; começou a procurar, sem chamar atenção, algum possível ponto de ligação entre os dois ambientes; e não é que na parte dos chuveiros havia um duto, estreitinho, muito ao alto, que parecia ligá-los? Ficou arquitetando planos para poder subir até lá, talvez um corpo pequeno e mirrado como o seu coubesse no duto; analisou a parede para ver se, de alguma forma, poderia subir por ela, e após alguns segundos de investigação, concluiu, decepcionado, que era impossível chegar até lá, bem como passar por aquele duto, e sabe-se lá o que teria depois dele, talvez apenas a visão do logradouro...
Mas vejam o que é a mão (ardilosa? benfazeja?) do destino: um mês depois, JP estava na aula de educação física e ficou com vontade de ir ao banheiro, pediu a permissão, foi; no momento em que entrava no vestiário, dois homens estavam saindo e disseram-lhe: “A gente está fazendo uma pequena reforma nos chuveiros, por isso está cheio de material espalhado pelo chão, mas voltamos logo, em vinte minutinhos...” JP deu de ombros, foi até a latrina, fez um longo xixi, e quando voltava à aula, o bichinho da curiosidade lhe picou, e ele voltou atrás para dar uma singela olhadinha na reforma; pois bem, estava lá, magnífica, providencial, do alto dos seus vários metros, uma escada, a escada que ele tanto sonhara um mês antes, a própria mão de Deus a havia posto lá, para que ele pudesse, enfim, ter o seu momento de iluminação, a sua visão do paraíso; incontinenti, arrastou-a cuidadosamente para o lugar onde identificara o suposto duto de ar, e subiu cheio de ansiedade; o duto era estreito e devia ter uns três metros de comprimento, mas ouvia-se claramente os ruídos que as meninas do terceiro ano faziam, voltando da aula de educação física; naquela classe, muitas garotas eram amigas de sua irmã, e algumas eram paqueras que frequentavam a sua casa, além da L., o amor de sua juventude; isso o motivou deveras; sim, faria isso: meteu-se sem muito pensar no duto – só coube ali por causa dos seus 14 anos e seus poucos quilos, e foi arrastando-se devagar e silenciosamente, tinha 15 minutos até a dupla de estraga prazeres voltar; é, ele tinha razão, o duto ligava os dois ambientes: começava a ver parte do outro vestiário; logo depois, já com a cabeça quase no limite do duto, viu as garotas nuas, tomando banho, e viu a sua L., que parecia despir-se sensualmente para ele, peça após peça da indumentária, o sutiã, o jeans, a calcinha... ele quase perdeu os sentidos! JP ficou ali por uns quinze minutos, até a última garota deixar o recinto. Quando tentou voltar, percebeu que não tinha como manobrar seu corpo, não tinha mais aquela adrenalina, os braços estavam praticamente presos, e ele não poderia voltar; inicialmente, entrou em pânico, mas controlou-se, sabia que os caras voltariam logo; esperou-os e eles chegaram um pouco depois; gritou por socorro, bateu as pernas, os caras o viram e o retiraram de lá, às gargalhadas, claro; já no chão, sem ter o que dizer, pediu pelo amor de Deus para que não contassem nada; os dois sujeitos fecharam a cara para fazer-lhe medo, como se dissessem que o denunciariam, mas no fim conseguiram o que queriam, dinheiro: cem pratas na mão de cada um; e o assunto, pelo menos para o grande público findou-se por aí; mas na cabecinha sensual de JP aquelas imagens – verdadeiras delícias do paraíso perdido, levam-no a vertiginosos momentos de delírio ainda hoje...
Narrador onisciente
Mas vejam o que é a mão (ardilosa? benfazeja?) do destino: um mês depois, JP estava na aula de educação física e ficou com vontade de ir ao banheiro, pediu a permissão, foi; no momento em que entrava no vestiário, dois homens estavam saindo e disseram-lhe: “A gente está fazendo uma pequena reforma nos chuveiros, por isso está cheio de material espalhado pelo chão, mas voltamos logo, em vinte minutinhos...” JP deu de ombros, foi até a latrina, fez um longo xixi, e quando voltava à aula, o bichinho da curiosidade lhe picou, e ele voltou atrás para dar uma singela olhadinha na reforma; pois bem, estava lá, magnífica, providencial, do alto dos seus vários metros, uma escada, a escada que ele tanto sonhara um mês antes, a própria mão de Deus a havia posto lá, para que ele pudesse, enfim, ter o seu momento de iluminação, a sua visão do paraíso; incontinenti, arrastou-a cuidadosamente para o lugar onde identificara o suposto duto de ar, e subiu cheio de ansiedade; o duto era estreito e devia ter uns três metros de comprimento, mas ouvia-se claramente os ruídos que as meninas do terceiro ano faziam, voltando da aula de educação física; naquela classe, muitas garotas eram amigas de sua irmã, e algumas eram paqueras que frequentavam a sua casa, além da L., o amor de sua juventude; isso o motivou deveras; sim, faria isso: meteu-se sem muito pensar no duto – só coube ali por causa dos seus 14 anos e seus poucos quilos, e foi arrastando-se devagar e silenciosamente, tinha 15 minutos até a dupla de estraga prazeres voltar; é, ele tinha razão, o duto ligava os dois ambientes: começava a ver parte do outro vestiário; logo depois, já com a cabeça quase no limite do duto, viu as garotas nuas, tomando banho, e viu a sua L., que parecia despir-se sensualmente para ele, peça após peça da indumentária, o sutiã, o jeans, a calcinha... ele quase perdeu os sentidos! JP ficou ali por uns quinze minutos, até a última garota deixar o recinto. Quando tentou voltar, percebeu que não tinha como manobrar seu corpo, não tinha mais aquela adrenalina, os braços estavam praticamente presos, e ele não poderia voltar; inicialmente, entrou em pânico, mas controlou-se, sabia que os caras voltariam logo; esperou-os e eles chegaram um pouco depois; gritou por socorro, bateu as pernas, os caras o viram e o retiraram de lá, às gargalhadas, claro; já no chão, sem ter o que dizer, pediu pelo amor de Deus para que não contassem nada; os dois sujeitos fecharam a cara para fazer-lhe medo, como se dissessem que o denunciariam, mas no fim conseguiram o que queriam, dinheiro: cem pratas na mão de cada um; e o assunto, pelo menos para o grande público findou-se por aí; mas na cabecinha sensual de JP aquelas imagens – verdadeiras delícias do paraíso perdido, levam-no a vertiginosos momentos de delírio ainda hoje...
Narrador onisciente
PENSAMENTO DO DIA:
A utopia sai do ventre da barbárie; e quanto maior a barbárie, maior a utopia
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 26 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Os músculos só produzem o de comer; apenas a mente é capaz de produzir excedentes
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 25 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Sou manso o suficiente para não esmagar ninguém; sou feroz o suficiente para não deixar ninguém me esmagar
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
POEMATRIZ - II
(ou P.R.O.G.R.E.S.S.Ã.O)
Minha mente é um software contaminado
Minha mente é um software contaminadp
Minha mente é um software contaminaep
Minha mente é um software contaminbep
Minha mente é um software contamiobep
Minha mente é um software contamjobep
Minha mente é um software contanjobep
Minha mente é um software contbnjobep
Minha mente é um software cooubnjobep
Minha mente é um software cpoubnjobep
Minha mente é um software dpoubnjobep
Minha mente é um softwarf dpoubnjobep
Minha mente é um softwasf dpoubnjobep
Minha mente é um softwbsf dpoubnjobep
Minha mente é um softybsf dpoubnjobep
Minha mente é um sofuybsf dpoubnjobep
Minha mente é um soguybsf dpoubnjobep
Minha mente é um spguybsf dpoubnjobep
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Minhb nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
Minib nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
Mioib nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
Mjoib nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
Njoib nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
Tádzio Nanan
Minha mente é um software contaminado
Minha mente é um software contaminadp
Minha mente é um software contaminaep
Minha mente é um software contaminbep
Minha mente é um software contamiobep
Minha mente é um software contamjobep
Minha mente é um software contanjobep
Minha mente é um software contbnjobep
Minha mente é um software cooubnjobep
Minha mente é um software cpoubnjobep
Minha mente é um software dpoubnjobep
Minha mente é um softwarf dpoubnjobep
Minha mente é um softwasf dpoubnjobep
Minha mente é um softwbsf dpoubnjobep
Minha mente é um softybsf dpoubnjobep
Minha mente é um sofuybsf dpoubnjobep
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Minhb nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
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Mioib nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
Mjoib nfouf f vn tpguybsf dpoubnjobep
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Tádzio Nanan
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
POEMATRIZ
O SENTIDO POSSÍVEL É AQUELE...
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...QUE EMPRESTAMOS À VIDA COTIDIANAMENTE
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Quantas tortuosas estradas haveremos de seguir até avistarmos o “Palácio da Sabedoria”? Quantos espelhos haveremos de encarar até finalmente refletir-se nossa verdadeira face?
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 21 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O tempo é uma fatalidade doída para o tolo e um investimento rentável para o sábio
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
MEDITAÇÕES NOTURNAS
sou uma fração de segundo do tempo da humanidade
que é uma fração de segundo do tempo da vida
que é um pedaço do tempo da Terra
que é um pedaço do tempo do universo
que veio de uma coisa que não tem nome
embora muitos o chamem medrosamente de big-bang
mas que prefiro chamar de Mistério
sou nada face à história, face à natureza, face à vida: tudo existiu e existirá sem mim
mas sou tudo, pois vivo e tenho minha estória e minhas interpretações da história e possuo um universo maior que o universo ardendo nas entranhas (explodindo infinita e recorrentemente) e sem mim não saberia da vida, da natureza, da história, nem do universo
sem mim ignoraria tudo
sem mim estaria desabrigado, seria nada
mas comigo eu sou
comigo eu sou
eu sou
deus é nada
e deus é tudo
para os que acreditam e os que não acreditam nele
e todas as verdades são nada e são tudo – embora a verdade seja uma idéia volúvel vagando na mente de cada homem...
o tempo é um instituto que dá sentido à vida, mas existi?
o amor, a paz, as idéias e os ideais, a própria civilização, são o quê? ilusões dos sentidos, vibrações de partículas subatômicas na caótica dança do universo (alguns dirão que é ordenada, e não caótica a dança do universo; mas não se engane: o universo é um péssimo bailarino)
pequenas mentiras dão um feitio racional à vida, são imprescindíveis
pequenas mentiras repetidas tornam-se verdades absolutas, sobretudo aquelas que nos agradam, e nos ajudam a suportar a vida, e a carregar a cruz de viver – demasiadamente pesada para alguns, e tornam a vida precisa e certa, embora estejam erradas, porque a vida é mesmo imprecisa, incerta; a vida é mesmo suja e louca, e não me venha dizer o contrário
haverá sempre a natureza?
(outras naturezas artificiais ainda serão inventadas em nosso porvir cibernético?)
haverá sempre mulheres prenhes e corações idealistas?
mas todas estas coisas existem agora e é isso que importa
porque o tempo importa no exato instante que passa, e só tem importância porque passa
a vida só tem valor porque acaba
o amor só tem valor porque acaba
o amor grande, o amor infinito, é o que é fugaz
o que deixará de ser só deixará de ser porque foi
o que será nada já foi tudo (e quiçá volte a sê-lo, ainda que diferentemente, posto que tudo é energia, que é imortal)
o que gemeu e amou e lutou e bradou só calará porque bradou e lutou e amou e gemeu
mas o silêncio também é parte essencial da música
mas o silêncio também é parte essencial da música
e ser cônscio desse tudo (ou desse nada)
apazigua minha alma e me basta!
Tádzio Nanan
que é uma fração de segundo do tempo da vida
que é um pedaço do tempo da Terra
que é um pedaço do tempo do universo
que veio de uma coisa que não tem nome
embora muitos o chamem medrosamente de big-bang
mas que prefiro chamar de Mistério
sou nada face à história, face à natureza, face à vida: tudo existiu e existirá sem mim
mas sou tudo, pois vivo e tenho minha estória e minhas interpretações da história e possuo um universo maior que o universo ardendo nas entranhas (explodindo infinita e recorrentemente) e sem mim não saberia da vida, da natureza, da história, nem do universo
sem mim ignoraria tudo
sem mim estaria desabrigado, seria nada
mas comigo eu sou
comigo eu sou
eu sou
deus é nada
e deus é tudo
para os que acreditam e os que não acreditam nele
e todas as verdades são nada e são tudo – embora a verdade seja uma idéia volúvel vagando na mente de cada homem...
o tempo é um instituto que dá sentido à vida, mas existi?
o amor, a paz, as idéias e os ideais, a própria civilização, são o quê? ilusões dos sentidos, vibrações de partículas subatômicas na caótica dança do universo (alguns dirão que é ordenada, e não caótica a dança do universo; mas não se engane: o universo é um péssimo bailarino)
pequenas mentiras dão um feitio racional à vida, são imprescindíveis
pequenas mentiras repetidas tornam-se verdades absolutas, sobretudo aquelas que nos agradam, e nos ajudam a suportar a vida, e a carregar a cruz de viver – demasiadamente pesada para alguns, e tornam a vida precisa e certa, embora estejam erradas, porque a vida é mesmo imprecisa, incerta; a vida é mesmo suja e louca, e não me venha dizer o contrário
haverá sempre a natureza?
(outras naturezas artificiais ainda serão inventadas em nosso porvir cibernético?)
haverá sempre mulheres prenhes e corações idealistas?
mas todas estas coisas existem agora e é isso que importa
porque o tempo importa no exato instante que passa, e só tem importância porque passa
a vida só tem valor porque acaba
o amor só tem valor porque acaba
o amor grande, o amor infinito, é o que é fugaz
o que deixará de ser só deixará de ser porque foi
o que será nada já foi tudo (e quiçá volte a sê-lo, ainda que diferentemente, posto que tudo é energia, que é imortal)
o que gemeu e amou e lutou e bradou só calará porque bradou e lutou e amou e gemeu
mas o silêncio também é parte essencial da música
mas o silêncio também é parte essencial da música
e ser cônscio desse tudo (ou desse nada)
apazigua minha alma e me basta!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
O tempo é curto para quem ainda está procurando e longo para quem já achou
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
NO REDEMOINHO DA MEMÓRIA TUDO DESVANECE...
No redemoinho da memória tudo desvanece
Recordações ficam senis, moribundas
Sufocando em meio a escuridões profundas
Entre os abismos que o passar do tempo tece
Porque nas retinas o mundo descolore e evapora
E são fugazes delírios imagéticos o momento
O poeta vai cerzindo versos cheios de lamento
Sobre o insustentável desejo que nos devora
Desejo de reter o sabor que se dissolve
Ou degustar nova sensação, vária experiência
Sucedendo as que decaíram na consciência:
Recorrente drama que a gente não resolve!
Nessa busca impossível, delirante, inútil
- cão mordendo o rabo, esfaimado e louco
Quanto mais tem, almeja mais um pouco
E aferra-se à ilusão e cobiça o fútil!
Tádzio Nanan
Recordações ficam senis, moribundas
Sufocando em meio a escuridões profundas
Entre os abismos que o passar do tempo tece
Porque nas retinas o mundo descolore e evapora
E são fugazes delírios imagéticos o momento
O poeta vai cerzindo versos cheios de lamento
Sobre o insustentável desejo que nos devora
Desejo de reter o sabor que se dissolve
Ou degustar nova sensação, vária experiência
Sucedendo as que decaíram na consciência:
Recorrente drama que a gente não resolve!
Nessa busca impossível, delirante, inútil
- cão mordendo o rabo, esfaimado e louco
Quanto mais tem, almeja mais um pouco
E aferra-se à ilusão e cobiça o fútil!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
O estado normal da vida é a busca – e a principal busca é achar a nós mesmos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O estado normal da vida é o estado de necessidade – estamos sempre a precisar e a querer
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 14 de setembro de 2010
LEÃO!
Agita-se em tua alma viva intuição
Pensas com lucidez, ages com presteza
Superar desafios para ti é uma certeza
Forjado que foste com o ímpeto da ação
A férrea vontade é a tua fortaleza
Incontrastáveis tua fé e obstinação
Que atiçam teu voraz apetite de leão:
Num gesto açambarcas toda a natureza!
Enfrentas e pões ao chão o obstáculo
- quem crê não cansa ou se engana
E faz da vida um multifário espetáculo
O livre-arbítrio da condição humana
É teu evangelho, que ensina a fé inabalável:
Sim, todo sonho é possível e realizável!
Tádzio Nanan
Pensas com lucidez, ages com presteza
Superar desafios para ti é uma certeza
Forjado que foste com o ímpeto da ação
A férrea vontade é a tua fortaleza
Incontrastáveis tua fé e obstinação
Que atiçam teu voraz apetite de leão:
Num gesto açambarcas toda a natureza!
Enfrentas e pões ao chão o obstáculo
- quem crê não cansa ou se engana
E faz da vida um multifário espetáculo
O livre-arbítrio da condição humana
É teu evangelho, que ensina a fé inabalável:
Sim, todo sonho é possível e realizável!
Tádzio Nanan
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Você não é melhor do que ninguém: você é diferente
Você não é pior do que ninguém: você é diferente
Tádzio Nanan
Você não é pior do que ninguém: você é diferente
Tádzio Nanan
domingo, 12 de setembro de 2010
ENCONTRO
hoje é dia de morrer!
m o r r e r! m o r r e r! m o r r e r!
o irremediável, inapelável dia da nossa morte
(não será maldito também o dia do nosso aniversário: o dia em que nascemos para a morte, a nossa própria, a dos nossos, e a de todas as ideias e ideais em que, talvez tola ou hipocritamente, acreditamos?)
todo santo dia, dia de morrer: esvair-se, sufocar-se, desmembrar-se, extinguir-se, ser inescapavelmente desfeito em nada, em noite, em silêncio, em cinzas, poeira estelar...
ó como dói a consciência, meu deus, ante a inexorabilidade do fato, tragicomicamente o único que é indubitável na vida...
no entanto, morrer é realmente necessário! é realmente preciso morrer! repito: é realmente preciso morrer! viver não é preciso
a morte é sempre uma revolução: a chance de que tudo continue, diferentemente
que tudo morra, então!
que morramos todos (e que vá na frente os piores de nós...)
nada é realmente fundamental que não mereça a morte;
a morte, ela sim, fundamental, gloriosa, soberba!
você merece morrer, eu mereço morrer, a civilização humana, deus, e as demais quinquilharias que criamos para nos entreter, porque só a energia deve permanecer (apenas a energia é perenal, de uma constância inconsciente)
todo momento é o derradeiro para alguém: eu? você? nós dois?
você acorda feliz, sai esperançoso, cheio de paixão, dobra a esquina a sorrir, está com a mente transbordando sonhos e desejos, e eis que se depara com a morte, com a pálida face da morte, com o bafo quente da morte, com a mão pesada da morte, que ficou ali se fingindo de morta, todo esse tempo, a esperar justo você, que se achava merecedor de tantas coisas sublimes... e que não era!
mas morrer nada tem a ver com justiça, humana ou divina; tem a ver com... morrer!! Afinal, tudo que é vivo, perece, e merece tal sorte, porquanto para que tudo possa evoluir, tudo deve extinguir-se
todo dia é o dia perfeito para encontrar-se com a morte, tomar um chá com a morte, comer bolachas com a morte, papear futilidades com a morte...
com quem será o encontro hoje?
Tádzio Nanan
m o r r e r! m o r r e r! m o r r e r!
o irremediável, inapelável dia da nossa morte
(não será maldito também o dia do nosso aniversário: o dia em que nascemos para a morte, a nossa própria, a dos nossos, e a de todas as ideias e ideais em que, talvez tola ou hipocritamente, acreditamos?)
todo santo dia, dia de morrer: esvair-se, sufocar-se, desmembrar-se, extinguir-se, ser inescapavelmente desfeito em nada, em noite, em silêncio, em cinzas, poeira estelar...
ó como dói a consciência, meu deus, ante a inexorabilidade do fato, tragicomicamente o único que é indubitável na vida...
no entanto, morrer é realmente necessário! é realmente preciso morrer! repito: é realmente preciso morrer! viver não é preciso
a morte é sempre uma revolução: a chance de que tudo continue, diferentemente
que tudo morra, então!
que morramos todos (e que vá na frente os piores de nós...)
nada é realmente fundamental que não mereça a morte;
a morte, ela sim, fundamental, gloriosa, soberba!
você merece morrer, eu mereço morrer, a civilização humana, deus, e as demais quinquilharias que criamos para nos entreter, porque só a energia deve permanecer (apenas a energia é perenal, de uma constância inconsciente)
todo momento é o derradeiro para alguém: eu? você? nós dois?
você acorda feliz, sai esperançoso, cheio de paixão, dobra a esquina a sorrir, está com a mente transbordando sonhos e desejos, e eis que se depara com a morte, com a pálida face da morte, com o bafo quente da morte, com a mão pesada da morte, que ficou ali se fingindo de morta, todo esse tempo, a esperar justo você, que se achava merecedor de tantas coisas sublimes... e que não era!
mas morrer nada tem a ver com justiça, humana ou divina; tem a ver com... morrer!! Afinal, tudo que é vivo, perece, e merece tal sorte, porquanto para que tudo possa evoluir, tudo deve extinguir-se
todo dia é o dia perfeito para encontrar-se com a morte, tomar um chá com a morte, comer bolachas com a morte, papear futilidades com a morte...
com quem será o encontro hoje?
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Todo problema humano é um problema moral
Todo o problema humano é o problema moral
Tádzio Nanan
Todo o problema humano é o problema moral
Tádzio Nanan
sábado, 11 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
As coisas não são nem tão complexas quanto eles dizem, nem tão simples quanto você imagina
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Na estrada da vida, não importa chegar a um lugar qualquer, mas ir colhendo as flores do caminho
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Consome algumas doses de vinho, magia e auto-engano; ninguém aguenta a rigorosa e estéril realidade da vida 100% do tempo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
A MARIANNE, DEUSA DA LIBERDADE
*
A MARIANNE, DEUSA DA LIBERDADE
(inspirado na tela “A Liberdade conduzindo o povo”, de Eugene Delacroix)
Contra variados óbices inimigos, Marianne avança
Intimorata, desponta onde a peleja é fremente
Mas não há ferro que fira, voragem que enfrente
Seu olhar resoluto, seu braço cheio de pujança
Pressente que o perigo lhe espreita, e passa rente
Pois se esquiva do golpe, ágil, vívida de esperança
É a mais sublime sua missão; sabe e não descansa
É o último baluarte quanto tudo parece ser poente
Ostentando o lábaro, quando o risco é iminente!
(Quer ser o exemplo: valiosa e inolvidável herança)
Empunhando inoxidável lança, por amor à gente!
(...)
Depois, volve aos Céus, com a pureza de uma criança
Emergindo ao olhar a ternura que o coração sente
Semeando a paz com estes olhos que a tudo alcança
Tádzio Nanan
MILLÔNIANA DO DIA:
Sobre erros e gerações: os jovens respeitam os mais velhos porque ignoram seus numerosos e vexatórios erros, e os velhos se riem dos mais jovens porque sabem que eles irão repeti-los
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 5 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Boa ou má, a obra da minha juventude está concluída; agora, preciso achar as novas reflexões da adultícia
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 4 de setembro de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Deus é uma boa ideia desperdiçada: ao invés de ser o balizador da ética, é o estopim do conflito
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
OCORRE A MUITOS ALIMENTAR...
Ocorre a muitos alimentar
Doridos rancores que os consomem
O que a tal liturgia s'entregar
Nunca se lhe resgatará o Homem:
Sanguinolenta fera subterrânea
Brandindo seu ódio como aço
Pregando uma guerra extemporânea
Até que a trôpega civilização perca o passo
Muitos acabam por concordar
Com os falsos profetas que nos dividem
E com perfídias infectam o ar
No olhar imprimem a vertigem:
Almas aviltadas, na mendicância
Da divindade imanente apartadas
No noctífero templo da ignorância
Louvando ao engano, com suas fés compradas
Muitos se ocupam de perpetrar
Nefastos crimes contra o mundo
Fratricidas, sedentos de sangrar
A inocência com golpear furibundo:
Escravos da cobiça e da rapina
Com uma fome de ouro insaciável
Que mitigam com a ânsia assassina
De acumular tesouro inumerável
Muitos se ocupam de investir
O desprezo que nutrem contra as gentes
Com seus capitães tramam impedir
Das multidões as reações urgentes:
Plutocracia célere ao decretar
A ambiguidade da condição humana
Mas, irmanados haveremos de provar
Que tal sofisma já não engana!
Tádzio Nanan
Doridos rancores que os consomem
O que a tal liturgia s'entregar
Nunca se lhe resgatará o Homem:
Sanguinolenta fera subterrânea
Brandindo seu ódio como aço
Pregando uma guerra extemporânea
Até que a trôpega civilização perca o passo
Muitos acabam por concordar
Com os falsos profetas que nos dividem
E com perfídias infectam o ar
No olhar imprimem a vertigem:
Almas aviltadas, na mendicância
Da divindade imanente apartadas
No noctífero templo da ignorância
Louvando ao engano, com suas fés compradas
Muitos se ocupam de perpetrar
Nefastos crimes contra o mundo
Fratricidas, sedentos de sangrar
A inocência com golpear furibundo:
Escravos da cobiça e da rapina
Com uma fome de ouro insaciável
Que mitigam com a ânsia assassina
De acumular tesouro inumerável
Muitos se ocupam de investir
O desprezo que nutrem contra as gentes
Com seus capitães tramam impedir
Das multidões as reações urgentes:
Plutocracia célere ao decretar
A ambiguidade da condição humana
Mas, irmanados haveremos de provar
Que tal sofisma já não engana!
Tádzio Nanan
MILLÔNIANA DO DIA:
Sabemos menos do que pensamos saber e mais do que nossos desafetos supõem (e desejam) que saibamos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 31 de agosto de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Se você quer ser mais bem-sucedido, tenho duas dicas: esforçar-se mais ou almejar menos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Se você quer ser mais rico, tenho duas dicas: trabalhar o dobro do que tem trabalhado ou consumir a metade do que tem consumido
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 29 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A vida não é misteriosa; é a consciência humana que atribui mistério à vida
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 28 de agosto de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Quando você estiver vaidosamente impressionado com o tamanho dos seus conhecimentos, meu caro, lembre-se do tamanho da sua ignorância
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Fiquemos atentos: a natureza chama-nos diariamente; mas Deus, poucas vezes na vida
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Existem aqueles que querem ganhar o mundo inteiro só porque perderam a si mesmos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 24 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O tolo está alienadamente feliz com a vida que escolheram para ele; o sábio entende que deve fazer suas próprias escolhas, por mais difícil e doloroso que isto seja
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Inteligências extraterrenas devem existir, sim, como uma compensação do universo à estultícia humana...
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 22 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
NOVA ROMA (Democracia a la EUA)
A nova Roma avança sobre o mundo
Espalhando o veneno da sua moral falaciosa:
Condena a guerra, mas faz uma guerra odiosa
Catequizando para um deus iracundo...
A nova Roma avança sobre a liberdade
Sob o falso argumento de defendê-la:
Torturam a verdade, até invertê-la
Para que seus crimes tenham a feição de santidade...
Nas horas, entanto, o tempo elabora a mudança
Muda o curso das eras, como o do vento
Nada detém uma idéia quando avança:
A de que nada impedirá o nosso intento
Haveremos de alcançar o que buscamos,
Pois impérios se desfazem ao que sonhamos!
Tádzio Nanan
Espalhando o veneno da sua moral falaciosa:
Condena a guerra, mas faz uma guerra odiosa
Catequizando para um deus iracundo...
A nova Roma avança sobre a liberdade
Sob o falso argumento de defendê-la:
Torturam a verdade, até invertê-la
Para que seus crimes tenham a feição de santidade...
Nas horas, entanto, o tempo elabora a mudança
Muda o curso das eras, como o do vento
Nada detém uma idéia quando avança:
A de que nada impedirá o nosso intento
Haveremos de alcançar o que buscamos,
Pois impérios se desfazem ao que sonhamos!
Tádzio Nanan
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Você não escolheu, simplesmente, o que faz;
você ignorou as demais possibilidades
Tádzio Nanan
você ignorou as demais possibilidades
Tádzio Nanan
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Você pode começar uma revolução agora mesmo; é só pensar, agir, sentir diferente; porque nem tudo que sempre foi precisa continuar sendo, indefinidamente
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Qual será a saída para a crise civilizacional que vivemos? A ética e a educação? A ciência e a tecnologia? A revolução? Quem sabe conquistar o espaço sideral (estará a Terra condenada?)? Escreva seus argumentos e contribua para o debate público
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 10 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
“O homem é um animal político”
E quanto mais política fizer, menos animal será
Tádzio Nanan
E quanto mais política fizer, menos animal será
Tádzio Nanan
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
PENSAMIENTO DEL DIA:
Usted puede discrepar con los medios adoptados por el "Che", pero difícilmente puede discrepar de sus sueños
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 8 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Lembra-te sempre disso:
Nós, o que somos? Pó!
A vida, o que é? Sombras!
Tádzio Nanan
Nós, o que somos? Pó!
A vida, o que é? Sombras!
Tádzio Nanan
sábado, 7 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O melhor prêmio cabe apenas ao predestinado; mas pequenas coisas podem ser grandes prêmios se você conseguir cultivar a gratidão e a humildade
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Deixa enfeitiçar-te por tudo quanto fazes; assim, realizarás mágicas inefáveis cotidianamente
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Nem todo homem bem-sucedido é feliz; mas todo homem feliz é bem-sucedido
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 3 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O amor é lindo: o que tenho de mais meu é ser teu; o que tens de mais teu é ser minha
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
As três idéias mais belas e poderosas que a humanidade engendrou: Paz, Justiça e Jesus Cristo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 1 de agosto de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A pior inveja é a do indivíduo que tendo muito mais do que o necessário incomoda-se profundamente com o pouco que os mais humildes passam a ter; é que, nos abismos de sua alma, ele deseja que os outros não tenham nada (e que ele, claro, continue desfrutando de todo luxo); será por isso que nossas adoráveis elites ficam tão indignadas com o Bolsa-Família e convenientemente se calam sobre o “Bolsa-Miami”?
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 31 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Você não pode tudo, mas pode bastante; você talvez não seja o melhor, mas é ótimo; você pode fracassar várias vezes, mas as vitórias de que precisa estão em seus movimentos prestos e em seus golpes certeiros; guerreiro, à luta!
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 30 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Sê um homem sensível, mas não frágil; sê uma mulher forte, mas não bruta
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A civilização humana não existe para alcançar a paz e a equidade, mas para buscá-las; este é o nosso Castigo de Tântalo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 27 de julho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Um primeiro passo para um mundo melhor seria as pessoas serem tão exigentes consigo mesmas como são com os outros...
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 26 de julho de 2010
JP - NOVAS AVENTURAS
JP passou horas aprumando o espírito com meditação, malhando os músculos com halteres emprestados à um amigo, customizando a indumentária, engalanando-se para atrair as fêmeas mais susceptíveis e desinformadas sobre seu caráter, enfim, fazendo tudo o que lhe era possível para obter uma ótima performance na festança de logo mais. Tinha a expectativa de copular bastante, e com muitas mulheres (esta era a sua expectativa usual, dado os ótimos resultados de suas séries históricas a respeito do assunto); e quem sabe não fosse seu dia de sorte, indo parar na cama com duas ao mesmo tempo, talvez as gêmeas I. e B., em que punha os olhos esfomeados há tempos, desde a nem tão inocente assim época de colégio...
Acoplou-se ao BMW de quinhentos mil reais, e pisou fundo. À caminho do regozijo, parou num quase arrabalde para comprar baseado, pó, ecstasy, tudo que fosse ilícito e possível de ser comprado e iniciou a viagem ali mesmo, como que calibrando a máquina; transou no banco de trás com suas putinhas preferenciais, enrijecido com os comprimidos azuis (estava sempre preparado para ocasiões especiais); e teve que subornar o merdinha de um guarda de trânsito que teve a ousadia de pará-lo numa blitz: molhou-lhe a mão com 300 pratas e foi-se embora, cantando pneu e mostrando o dedo para a patuleia...
Quando se apresentou na milionária cobertura do Flávio, o anfitrião da festa (o dono da festa era o JP, como de costume), o nosso (anti-)herói já havia fumado dois baseados, cheirado cocaína, ingerido viagra, e bebido whisky. Para a sorte dele o putanheiro tem um coração de aço. É porque, além dos bons genes, o tema saúde não era de todo negligenciado. Quando não sucumbia à perdição, até que acordava cedo, alimentava-se bem, fazia exercícios com certa regularidade. Mas ele sempre quisera conhecer os dois lados de tudo, as duas faces da moeda, estava gravado no ADN dele a busca, e assim mergulhava tanto no calor do dia, quanto nos insondáveis mistérios da noite, profunda, perigosa, e muitas vezes inadvertidamente...
Durante a festa, discutiu seus investimentos milionários no mercado financeiro: derivativos, títulos públicos, letras hipotecárias, etc; palestrou sobre economia internacional com dois especialistas no tema, bebeu, fumou, cheirou, trepou até a exaustão (cansadas das suas costumárias investidas, I. e B. finalmente anuiram com a indecorosa proposta...)
Mas um certo alguém o observara por todas as longas horas da greco-romana festança. Era o irmão do anfitrião, Leonardo, médico bem-sucedido, rico, boa-pinta, e decidida bichona. Éh, Leonardo sempre tivera uma queda por JP, que era tudo quanto um gay não quer para um enlace matrimonial, mas tudo quanto sonha para uma foda estrondosa. E com a cara e a coragem foi abordar seu cotidiano objeto do desejo. Já tinha pensado numa estratégia e estava disposto a pagar qualquer preço para fazê-la operar eficazmente. No começo o papo rolou fácil, sobre diversos temas (como sempre, JP muito simpático e loquaz). As pessoas passavam por eles só para se despedirem, já que passava das quatro e a festa ia minguando. E antes que nosso (anti-)herói também anunciasse sua partida, Leonardo dera seu xeque-mate: ele, que não era chegado à branquinha, convidou JP para ir à seu quarto aspirar a última carreirinha da madrugada; inocentemente JP aceitou; ambos cheiraram a maldita e incontinenti perderam o juízo, mas por motivos diferentes: Leonardo por paixão, JP por quase overdose...
Nosso (anti-)herói acordou às três da tarde, tropeçando nas pernas, a cabeça tilintando como campainha. Estava só. Apenas um recado do Flávio, dizendo que ele comesse alguma coisa e desse as chaves ao porteiro quando se fosse. Desceu o prédio tentando recordar o que acontecera nas últimas horas, mas não conseguiu...
(...)
O que terá acontecido à JP naquele quarto, naquelas possivelmente ultrajantes horas? Desde então, ele nunca conseguiu juntar a necessária coragem para perguntar à Leonardo qualquer coisa sobre o potencialmente vergonhoso incidente, apesar de haverem alguns sórdidos indícios de que algo anti-natural acontecera àquela madrugada, como, por exemplo, o fato de o Leonardo dar-se ares de grande intimidade consigo, além de algumas lembranças confusas, de corar a face. Será mesmo que JP, devorador de mulheres, estivera, enfim, com um homem na cama?! Se sim, teria sido o ativo ou o passivo?
Narrador (quase-)onisciente
Acoplou-se ao BMW de quinhentos mil reais, e pisou fundo. À caminho do regozijo, parou num quase arrabalde para comprar baseado, pó, ecstasy, tudo que fosse ilícito e possível de ser comprado e iniciou a viagem ali mesmo, como que calibrando a máquina; transou no banco de trás com suas putinhas preferenciais, enrijecido com os comprimidos azuis (estava sempre preparado para ocasiões especiais); e teve que subornar o merdinha de um guarda de trânsito que teve a ousadia de pará-lo numa blitz: molhou-lhe a mão com 300 pratas e foi-se embora, cantando pneu e mostrando o dedo para a patuleia...
Quando se apresentou na milionária cobertura do Flávio, o anfitrião da festa (o dono da festa era o JP, como de costume), o nosso (anti-)herói já havia fumado dois baseados, cheirado cocaína, ingerido viagra, e bebido whisky. Para a sorte dele o putanheiro tem um coração de aço. É porque, além dos bons genes, o tema saúde não era de todo negligenciado. Quando não sucumbia à perdição, até que acordava cedo, alimentava-se bem, fazia exercícios com certa regularidade. Mas ele sempre quisera conhecer os dois lados de tudo, as duas faces da moeda, estava gravado no ADN dele a busca, e assim mergulhava tanto no calor do dia, quanto nos insondáveis mistérios da noite, profunda, perigosa, e muitas vezes inadvertidamente...
Durante a festa, discutiu seus investimentos milionários no mercado financeiro: derivativos, títulos públicos, letras hipotecárias, etc; palestrou sobre economia internacional com dois especialistas no tema, bebeu, fumou, cheirou, trepou até a exaustão (cansadas das suas costumárias investidas, I. e B. finalmente anuiram com a indecorosa proposta...)
Mas um certo alguém o observara por todas as longas horas da greco-romana festança. Era o irmão do anfitrião, Leonardo, médico bem-sucedido, rico, boa-pinta, e decidida bichona. Éh, Leonardo sempre tivera uma queda por JP, que era tudo quanto um gay não quer para um enlace matrimonial, mas tudo quanto sonha para uma foda estrondosa. E com a cara e a coragem foi abordar seu cotidiano objeto do desejo. Já tinha pensado numa estratégia e estava disposto a pagar qualquer preço para fazê-la operar eficazmente. No começo o papo rolou fácil, sobre diversos temas (como sempre, JP muito simpático e loquaz). As pessoas passavam por eles só para se despedirem, já que passava das quatro e a festa ia minguando. E antes que nosso (anti-)herói também anunciasse sua partida, Leonardo dera seu xeque-mate: ele, que não era chegado à branquinha, convidou JP para ir à seu quarto aspirar a última carreirinha da madrugada; inocentemente JP aceitou; ambos cheiraram a maldita e incontinenti perderam o juízo, mas por motivos diferentes: Leonardo por paixão, JP por quase overdose...
Nosso (anti-)herói acordou às três da tarde, tropeçando nas pernas, a cabeça tilintando como campainha. Estava só. Apenas um recado do Flávio, dizendo que ele comesse alguma coisa e desse as chaves ao porteiro quando se fosse. Desceu o prédio tentando recordar o que acontecera nas últimas horas, mas não conseguiu...
(...)
O que terá acontecido à JP naquele quarto, naquelas possivelmente ultrajantes horas? Desde então, ele nunca conseguiu juntar a necessária coragem para perguntar à Leonardo qualquer coisa sobre o potencialmente vergonhoso incidente, apesar de haverem alguns sórdidos indícios de que algo anti-natural acontecera àquela madrugada, como, por exemplo, o fato de o Leonardo dar-se ares de grande intimidade consigo, além de algumas lembranças confusas, de corar a face. Será mesmo que JP, devorador de mulheres, estivera, enfim, com um homem na cama?! Se sim, teria sido o ativo ou o passivo?
Narrador (quase-)onisciente
domingo, 25 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A liberdade é o sonho do indivíduo; mas para a coletividade, o sonho maior, e seu maior desafio, é a igualdade; serão liberdade do indivíduo e igualdade social sonhos inconciliáveis?
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 24 de julho de 2010
A UM GUERREIRO NA CRUZ
Devora-o a morte; o corpo grita-lhe, desfeito, machucado
O guerreiro à cruz abandona-se. “Pai, que sorte maldita...”
Chora; o perdão e o silêncio suplica; olvidar a desdita:
A memória do sangue, o gládio, e seu coração torturado...
E a multidão nem cogita que é também ela ali castigada
Não vê que a dor deste homem é igual a sua, cotidiana
E que levantou-se por ela, com fé, esperança e gana
Mas estranha a si mesma olha e não se vê justiçada...
O moribundo já ele pressente que ali morrem milhões
Legiões de soldados que marchariam, mas vão transigir
Que o medo em seus corações indolentes os fará desisitir...
Deserto e mudo morre nosso herói, distante das canções
D'aurora. Esquecido de que livre nasceu, sonhou, foi feliz
Até que a vida se lhe marcasse na carne como brutal cicatriz!
Tádzio Nanan
O guerreiro à cruz abandona-se. “Pai, que sorte maldita...”
Chora; o perdão e o silêncio suplica; olvidar a desdita:
A memória do sangue, o gládio, e seu coração torturado...
E a multidão nem cogita que é também ela ali castigada
Não vê que a dor deste homem é igual a sua, cotidiana
E que levantou-se por ela, com fé, esperança e gana
Mas estranha a si mesma olha e não se vê justiçada...
O moribundo já ele pressente que ali morrem milhões
Legiões de soldados que marchariam, mas vão transigir
Que o medo em seus corações indolentes os fará desisitir...
Deserto e mudo morre nosso herói, distante das canções
D'aurora. Esquecido de que livre nasceu, sonhou, foi feliz
Até que a vida se lhe marcasse na carne como brutal cicatriz!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Num certo momento, a dúvida nos paralisa e a certeza nos move; já noutro momento, a dúvida nos move e a certeza nos paralisa
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 23 de julho de 2010
BELEZA!
A beleza, mistério profundo, tem uma face dividida:
Encantaria o mundo com perfeição magnífica, celestial;
É, no entanto, controvertido e contra-intuitivo seu ideal;
Aviva como sol, e mata como mal-curada ferida!
Nela acomodam-se as partes de uma contraditória unidade.
Uma idéia singela raiz de mil interpretações dissonantes:
A flama dos prazeres carnais nas ígneas bocas amantes
E os excessos burlescos sonhados por nossa fútil vaidade!
Belezar maior: a condição humana; ascenção e queda conjugadas
Nosso sonho de eternidade, que desvanece a olhos vistos;
A sublime glória e o atroz suplício de cotidianos Cristos!
E fatalmente belo é o desespero das utopias mutiladas...
Ecoam melodias inebriantes dos sentimentos mais nefastos:
A vingança, o ódio, o vício, os delírios de cotidianos Faustos!
Tádzio Nanan
Encantaria o mundo com perfeição magnífica, celestial;
É, no entanto, controvertido e contra-intuitivo seu ideal;
Aviva como sol, e mata como mal-curada ferida!
Nela acomodam-se as partes de uma contraditória unidade.
Uma idéia singela raiz de mil interpretações dissonantes:
A flama dos prazeres carnais nas ígneas bocas amantes
E os excessos burlescos sonhados por nossa fútil vaidade!
Belezar maior: a condição humana; ascenção e queda conjugadas
Nosso sonho de eternidade, que desvanece a olhos vistos;
A sublime glória e o atroz suplício de cotidianos Cristos!
E fatalmente belo é o desespero das utopias mutiladas...
Ecoam melodias inebriantes dos sentimentos mais nefastos:
A vingança, o ódio, o vício, os delírios de cotidianos Faustos!
Tádzio Nanan
POETA EMBRIAGADO
(letra de música)
acordes: D Bm G C F Bb Am
Preciso ser mais o profeta
O poeta embriagado
De vida e de morte (2x)
Óraculo da nossa sorte (2x)
Íntimo das procelas
Das celas atrozes
Dos bichos ferozes (2x)
Anoitecendo, às vezes (2x)
Mas desfraldar novas bandeiras
Amanhecer das bebedeiras
Ser a ponte entre os mundos
Ser o grito dos mudos
Força do meu tempo (2x)
Preciso navegar esse rio feroz
Que responde por vida
E ser o verbo dessa gente sem voz
Mas que insiste em sua lida
Perseguir nossos nortes
Nossos sonhos ardentes
Ser o poeta do sol (2x)
Do nascente ao poente (2x)
Preciso ser mais o profeta
Poeta do profano e do divino
E inventar novos hinos (2x)
Bêbado delirante
Genuflexo diante
À enormidade das horas!
Tádzio Nanan
acordes: D Bm G C F Bb Am
Preciso ser mais o profeta
O poeta embriagado
De vida e de morte (2x)
Óraculo da nossa sorte (2x)
Íntimo das procelas
Das celas atrozes
Dos bichos ferozes (2x)
Anoitecendo, às vezes (2x)
Mas desfraldar novas bandeiras
Amanhecer das bebedeiras
Ser a ponte entre os mundos
Ser o grito dos mudos
Força do meu tempo (2x)
Preciso navegar esse rio feroz
Que responde por vida
E ser o verbo dessa gente sem voz
Mas que insiste em sua lida
Perseguir nossos nortes
Nossos sonhos ardentes
Ser o poeta do sol (2x)
Do nascente ao poente (2x)
Preciso ser mais o profeta
Poeta do profano e do divino
E inventar novos hinos (2x)
Bêbado delirante
Genuflexo diante
À enormidade das horas!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
É o paradoxo do excesso: quando se tem mais do que é preciso, estranhamente, começa a faltar
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 22 de julho de 2010
AMOR
(letra de música)
Vê-la bastou para eu cego não ver
As que coisas existentes no mundo?
Tal fora o amor encantamento profundo:
Suaves êxtases de anoitecer...
Era o tempo de se exaurir no calor
De colher a mulher, o fruto celeste
Em seu corpo ter a cura da peste
E a bacântica florescência do Amor...
Se ela falava, eu me entregava
Ao som da sua voz: melodia divina
Se ela calava, eu me afogava
Em seu casto pudor
E sem dizer falava à minha sina
Se ela dançava, eu me encantava
Com sua volúpia e pudor, de mulher e menina
Se ela deitava, ajoelhava
Agradecendo o amor
E sem saber ela mudava a minha sina
Tádzio Nanan
Vê-la bastou para eu cego não ver
As que coisas existentes no mundo?
Tal fora o amor encantamento profundo:
Suaves êxtases de anoitecer...
Era o tempo de se exaurir no calor
De colher a mulher, o fruto celeste
Em seu corpo ter a cura da peste
E a bacântica florescência do Amor...
Se ela falava, eu me entregava
Ao som da sua voz: melodia divina
Se ela calava, eu me afogava
Em seu casto pudor
E sem dizer falava à minha sina
Se ela dançava, eu me encantava
Com sua volúpia e pudor, de mulher e menina
Se ela deitava, ajoelhava
Agradecendo o amor
E sem saber ela mudava a minha sina
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
A dúvida mata aquele que duvida; a certeza mata aqueles que duvidam dela
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 21 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Ecologicamente falando, modernidade mesmo é precisar de pouco e querer menos ainda
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 20 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Toda popularidade é limitada: requer um conteúdo que é comum a todos que a aplaudem
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 19 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
As horas podem ser muito más: elas levam a juventude e nem sempre deixam a sabedoria
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 18 de julho de 2010
JESUS!
(poemeto musicado)
acordes: F7 E7 Am (primeiro e terceiro quartetos);
acordes: B7 Bb7 D#m7 (segundo e quarto quartetos)
Jesus há de me estender Seu braço
E me conduzir ao Seu templo de luz
Onde esquecerei o peso da cruz
Que me castigou passo a passo
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Jesus há de me curar o câncer do rancor
Com Suas infinitas glória e humildade
Que fundam a paz e o amor na humanidade
Antídotos ao desespero e à dor
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Jesus há de me salvar, novamente
Eu que blasfemei contra Ele impropérios
E corrompi-me aos mundanos impérios
Até meu coração rebentar doente...
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Porque descera dos Céus não para julgar
Mas redimir os pecadores das faltas
E lhes nutrir com as Verdades mais altas
Ofertando-lhes Seu coração como lar!
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Tádzio Nanan
acordes: F7 E7 Am (primeiro e terceiro quartetos);
acordes: B7 Bb7 D#m7 (segundo e quarto quartetos)
Jesus há de me estender Seu braço
E me conduzir ao Seu templo de luz
Onde esquecerei o peso da cruz
Que me castigou passo a passo
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Jesus há de me curar o câncer do rancor
Com Suas infinitas glória e humildade
Que fundam a paz e o amor na humanidade
Antídotos ao desespero e à dor
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Jesus há de me salvar, novamente
Eu que blasfemei contra Ele impropérios
E corrompi-me aos mundanos impérios
Até meu coração rebentar doente...
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Porque descera dos Céus não para julgar
Mas redimir os pecadores das faltas
E lhes nutrir com as Verdades mais altas
Ofertando-lhes Seu coração como lar!
Jesus, meu Salvador, estou aqui aos pés do Senhor
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
As idéias nunca foram suas; você é apenas um receptáculo; as idéias pertencem pura e exclusivamente ao tempo histórico delas
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 17 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A inteligência humana acelera a história; sabedoria é fazer justamente o contrário
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 16 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Policarpismo?
Hollywood produziu uma centena de grandes atores; mas prefiro Chico Anysio, que representa por cem, literalmente
Tádzio Nanan
Hollywood produziu uma centena de grandes atores; mas prefiro Chico Anysio, que representa por cem, literalmente
Tádzio Nanan
quinta-feira, 15 de julho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
É preciso método para pensar nas coisas, mas sabedoria para não pensar em nada
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 14 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Cuida disso: a dor não pode ser tão breve que não te ensine nada; o prazer não pode ser tão longo que te aliene de tudo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
NÍNIVE
(poema musicado)
acordes: A A4 F#m E D C#m B Am7 G
Tens o mistério de uma antiga cidade. Nele me perco
Porque teu olhar é como os becos de um labirinto
Onde se tento me encontrar só mais perdido me sinto
Ébrio de teu beijo, preso em tuas mãos, que é meu cerco
Serei conduzido à loucura em teu calor de estio
Tudo destruo e crio nas asas desse desejo onipotente
Mas se corres a abraçar o mundo, este de mim fica ausente
Tela sem traço e sem cor, lançado num imenso vazio
Eu quis um dia saber como era, morrer de amor
Pois são teus olhos, duas luas negras, que me matam
Mas teus lábios, sensuais, ardentes, me resgatam
Quero ser passarinho para espalhar o pólen da tua flor
Possuir-te inteira, e ser mais feliz, sobrepujando abrolhos
Mas só me queres não mais que escravo destes teus olhos
Tádzio Nanan
acordes: A A4 F#m E D C#m B Am7 G
Tens o mistério de uma antiga cidade. Nele me perco
Porque teu olhar é como os becos de um labirinto
Onde se tento me encontrar só mais perdido me sinto
Ébrio de teu beijo, preso em tuas mãos, que é meu cerco
Serei conduzido à loucura em teu calor de estio
Tudo destruo e crio nas asas desse desejo onipotente
Mas se corres a abraçar o mundo, este de mim fica ausente
Tela sem traço e sem cor, lançado num imenso vazio
Eu quis um dia saber como era, morrer de amor
Pois são teus olhos, duas luas negras, que me matam
Mas teus lábios, sensuais, ardentes, me resgatam
Quero ser passarinho para espalhar o pólen da tua flor
Possuir-te inteira, e ser mais feliz, sobrepujando abrolhos
Mas só me queres não mais que escravo destes teus olhos
Tádzio Nanan
domingo, 11 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
POESIA: forma e conteúdo; inteligência e sensibilidade; realidade e imaginação; ritmo; melodia; força; êxtase; rimas; figuras de linguagem; vocabulário.
Enfim, é o ápice da palavra escrita;
Poesia: vulcão expelindo flores
Tádzio Nanan
Enfim, é o ápice da palavra escrita;
Poesia: vulcão expelindo flores
Tádzio Nanan
sábado, 10 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
SONHO ROUBADO
(poema musicado)
acordes:
E B C#m
F C Dm
O céu a pequena mira
Que diverso lhe parece
Com medo, faz uma prece
E cai! Porque tudo gira
Estranhos pássaros de aço
Roubam-lhe o céu, qu'era azul
Também os viram lá em Cabul
Lançando estrelas no espaço:
Estrelas de aço, cadentes
Pobrezinha, tão triste e pouca
Mataram-lhe o pai, mamãe está louca...
Estrelas de aço, candentes
Uma lógica irracional seguindo
Ai, e o sonho da pequena é findo!
Tádzio Nanan
acordes:
E B C#m
F C Dm
O céu a pequena mira
Que diverso lhe parece
Com medo, faz uma prece
E cai! Porque tudo gira
Estranhos pássaros de aço
Roubam-lhe o céu, qu'era azul
Também os viram lá em Cabul
Lançando estrelas no espaço:
Estrelas de aço, cadentes
Pobrezinha, tão triste e pouca
Mataram-lhe o pai, mamãe está louca...
Estrelas de aço, candentes
Uma lógica irracional seguindo
Ai, e o sonho da pequena é findo!
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Necessidade e desejo, distribuídos no tempo, e sujeitos à restrições: eis a vida!
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 8 de julho de 2010
IMPÉRIO DOS SONHOS
IMPÉRIO DOS SONHOS
(Poema musicado)
Quem é o estranho no espelho que ao meu rosto assume?
Fantasticamente, numa infernal amnésia, há dias me desconheço:
Minha mente exilada num corpo estrangeiro, no qual envelheço,
E se mais me persigno mais distante me acho do lume...
É de uma descomunal ausência de mim o mal que padeço
Como se este que sou cotidianamente tivesse outro aspecto
Mas num mercado de corpos tivesse comprado este infecto
E numa rejeição total da matéria, na idéia apenas me reconheço
É como se, ao mirar-me no reverso do espelho, me não pertencesse
E após contemplar-me, me fugisse o meu rosto e eu me esquecesse
Existindo em outro lugar, mas nunca naquele em que posto
E desfaço-me neste labirinto de ilusões que me é tragicamente imposto
Como se, pioneiramente, houvessem gravado minha mente noutro ser
Ou, sonhando-se livre, não mais desejasse um corpo a que pertencer!
Acordes: Gm D Gm D - Quartetos
F E A - última frase
Bm C#m Bm C#m - Tercetos
F E A - última frase
Tádzio Nanan
quarta-feira, 7 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Somos todos diferentes nos desejos; somos todos iguais nas necessidades
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 6 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Nem mesmo as grandes causas conseguem irmanar os homens, mas qualquer questiúncula torna-nos inimigos mortais!
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 5 de julho de 2010
REINVENTAR-SE
(poema musicado)
acordes: Bm F#m E F#m
G D C D
Caem as cortinas de uma era
Os paradigmas estão todos exauridos
E reinventar-se é a vontade mais sincera
Pro porvir não repetir os tempos idos
Fecham-se os portões desse museu
Que guardou tantos anos de dores e alegrias
De uma miríade de trajetos que sou eu:
Horas, desoras; acertos e arriscadas vias...
Vedam-se as câmaras desse mausoléu
Separando o que é vida e o que é morte
As estrelas de outrora não brilham mais no céu
Só as sementes do amanhã serão meu norte
É-me impossível permanecer cristalizado
Nesses grilhões de oníricas imagens de antanho
Sonho com as luzes da manhã viver casado
Sonho a vida ardente, e sem tamanho
Quero a vida na forma dos meus devaneios
Esgarçando limites, rompendo estruturas
Explodindo no âmago, e por todos os meios
De amplos espaços e portas sem fechaduras
Anseio pelo corpo da vida, já!
Sobre o meu deitado, ou justaposto
Para juntos nos encontrarmos lá
Onde se torna uno o composto!
Tádzio Nanan
acordes: Bm F#m E F#m
G D C D
Caem as cortinas de uma era
Os paradigmas estão todos exauridos
E reinventar-se é a vontade mais sincera
Pro porvir não repetir os tempos idos
Fecham-se os portões desse museu
Que guardou tantos anos de dores e alegrias
De uma miríade de trajetos que sou eu:
Horas, desoras; acertos e arriscadas vias...
Vedam-se as câmaras desse mausoléu
Separando o que é vida e o que é morte
As estrelas de outrora não brilham mais no céu
Só as sementes do amanhã serão meu norte
É-me impossível permanecer cristalizado
Nesses grilhões de oníricas imagens de antanho
Sonho com as luzes da manhã viver casado
Sonho a vida ardente, e sem tamanho
Quero a vida na forma dos meus devaneios
Esgarçando limites, rompendo estruturas
Explodindo no âmago, e por todos os meios
De amplos espaços e portas sem fechaduras
Anseio pelo corpo da vida, já!
Sobre o meu deitado, ou justaposto
Para juntos nos encontrarmos lá
Onde se torna uno o composto!
Tádzio Nanan
MILLÔNIANA DO DIA:
A gente só consegue mudar o mundo se mudar o comportamento humano; o diabo é que, para mudar o comportamento humano, antes é preciso mudar o mundo!
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 4 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
O que a gente chama de espírito humano, geralmente, não é mais que uma incomensurável teimosia
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 1 de julho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Se você viver cada dia como se fosse o último, jamais produzirá qualquer coisa relevante na vida
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 30 de junho de 2010
MELHORES FILMES VISTOS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2010
SUGESTÕES PARA OS DEMAIS APAIXONADOS POR CINEMA
por Tádzio Nanan
Os desafinados (Walter Lima Jr.)
Uma lição de amor (Jessie Nelson)
Across the universe (Julie Taymor)
Invictus (Clint Eastwood)
Aos treze (Catherine Hardwicke)
Appaloosa (Ed Harris)
Água negra (Walter Salles)
O céu de Suely (Karim Ainouz)
O terminal (Steven Spielberg)
Roubando vidas (D. J. Caruso)
Atos que desafiam a morte (Gillian Armstrong)
K-19, the widowmaker (Kathryn Bigelow)
O peso da água (Kathryn Bigelow)
Sherlock Holmes (Guy Ritche)
Nine (Rob Marshall)
Abraços partidos (Pedro Almodovar)
Amor sem escalas (Jason Reitman)
Magnólia (Paul Thomas Andersen)
Nazarin (Luís Bunuel)
Dança com lobos (Kevin Costner)
Rashomon (Akira Kurosawa)
Shine – Brilhante (Scott Hicks)
Meu pé esquerdo (Jim Sheridan)
Avatar (James Cameron)
Guerra ao terror (Kathryn Bigelow)
O mistério das duas irmãs (Charles, Thomas Guard)
Confissões de Schimidt (Alexander Payne)
Ali (Michael Mann)
Vestido de noiva (Joffre Rodrigues)
O primeiro dia (Walter Salles)
Cinco covas no Egito (Billy Wilder)
500 dias com ela (Marc Webb)
O casamento (Arnaldo Jabor)
Atividade paranormal (Oren Peli)
Distrito 9 (Neil Bloomkamp)
Pacto de justiça (Kevin Costner)
Lavoura arcaica (Luiz Fernando Carvalho)
O vestido (Paulo Thiago)
A órfã (Jaume Collet-Serra)
Kill Bill 2 (Quentin Tarantino)
A cor púrpura (Steven Spielberg)
Filme de amor (Júlio Bressane)
Quero ser John Malkovich (Spike Jonze)
Os doze condenados (Robert Aldrich)
Pulp Fiction (Quentin Tarantino)
Saraband (Ingmar Bergman)
À deriva (Heitor Dhália)
Celebridades (Woody Allen)
A fonte da vida (Darren Aronofsky)
Solaris (Andrei Tarkovsky)
Terra dos mortos (George Romero)
Bastardos inglórios (Quentin Tarantino)
Maus hábitos (Pedro Almodovar)
Um ato de liberdade (Edward Zwick)
Dia dos mortos (George Romero)
Dúvida (John Patrick Shanley)
Má educação (Pedro Almodovar)
Império dos sonhos (David Lynch)
por Tádzio Nanan
Os desafinados (Walter Lima Jr.)
Uma lição de amor (Jessie Nelson)
Across the universe (Julie Taymor)
Invictus (Clint Eastwood)
Aos treze (Catherine Hardwicke)
Appaloosa (Ed Harris)
Água negra (Walter Salles)
O céu de Suely (Karim Ainouz)
O terminal (Steven Spielberg)
Roubando vidas (D. J. Caruso)
Atos que desafiam a morte (Gillian Armstrong)
K-19, the widowmaker (Kathryn Bigelow)
O peso da água (Kathryn Bigelow)
Sherlock Holmes (Guy Ritche)
Nine (Rob Marshall)
Abraços partidos (Pedro Almodovar)
Amor sem escalas (Jason Reitman)
Magnólia (Paul Thomas Andersen)
Nazarin (Luís Bunuel)
Dança com lobos (Kevin Costner)
Rashomon (Akira Kurosawa)
Shine – Brilhante (Scott Hicks)
Meu pé esquerdo (Jim Sheridan)
Avatar (James Cameron)
Guerra ao terror (Kathryn Bigelow)
O mistério das duas irmãs (Charles, Thomas Guard)
Confissões de Schimidt (Alexander Payne)
Ali (Michael Mann)
Vestido de noiva (Joffre Rodrigues)
O primeiro dia (Walter Salles)
Cinco covas no Egito (Billy Wilder)
500 dias com ela (Marc Webb)
O casamento (Arnaldo Jabor)
Atividade paranormal (Oren Peli)
Distrito 9 (Neil Bloomkamp)
Pacto de justiça (Kevin Costner)
Lavoura arcaica (Luiz Fernando Carvalho)
O vestido (Paulo Thiago)
A órfã (Jaume Collet-Serra)
Kill Bill 2 (Quentin Tarantino)
A cor púrpura (Steven Spielberg)
Filme de amor (Júlio Bressane)
Quero ser John Malkovich (Spike Jonze)
Os doze condenados (Robert Aldrich)
Pulp Fiction (Quentin Tarantino)
Saraband (Ingmar Bergman)
À deriva (Heitor Dhália)
Celebridades (Woody Allen)
A fonte da vida (Darren Aronofsky)
Solaris (Andrei Tarkovsky)
Terra dos mortos (George Romero)
Bastardos inglórios (Quentin Tarantino)
Maus hábitos (Pedro Almodovar)
Um ato de liberdade (Edward Zwick)
Dia dos mortos (George Romero)
Dúvida (John Patrick Shanley)
Má educação (Pedro Almodovar)
Império dos sonhos (David Lynch)
PENSAMENTO DO DIA:
É fundamental pensar no que você acredita; mas é fundamental também acreditar no que você pensa
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 29 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Prefere enunciar um argumento teu que papaguear cem argumentos alheios
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 28 de junho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Qualquer jovem sabe que é preciso mudar o mundo; qualquer velho sabe que isso não é possível
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 27 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A necessidade de se obter reconhecimento por um trabalho bem feito é natural ao ser humano; mas o desejo por aclamação e glória é mais uma patologia da espetacularização da vida humana
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 26 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Quase tudo em nós humanos é condicionamento biológico, psicológico e social; livre-arbítrio é um desses conceitos que inventamos para elevar nossa auto-estima
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 25 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Se amar fosse fácil, Deus não precisaria ter enviado o Salvador com a missão de nos ensinar o amor
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 24 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Pensar é sempre um ato marcial; novos pensamentos são novos focos de guerrilha
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Os preconceitos são mais poderosos do que a gente pensa; eles definem quem somos e quem são os outros, onde estamos e onde estão os outros; e definir estas duas coisas (quem somos e onde estamos) é fundamental na vida de qualquer indivíduo; às vezes, definimos a vida por oposição
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 21 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Existem aqueles que amam a Deus, mas não amam ao Homem; existem aqueles que amam ao Homem, mas não amam a Deus
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 20 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Vamos parar com a hipocrisia: podemos agir eticamente, sem Deus; e podemos agir imoralmente, com Ele!
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 19 de junho de 2010
Paradoxo impõe-se à mente esclarecida...
Paradoxo impõe-se à mente esclarecida:
Afligi-se, insatisfeita, porque mais almeja
A inépcia aceita entanto contra o que peleja
Cabal só o Mistério, que admira embevecida
Dá pela escassez dos meios que anseia
E que lhe embarga lida, estro, potência
Mas o que pode acalma-lhe a consciência
- um sopro leva a primavera e a semeia!
Percepção contraditória latente no pensador
Em sua busca irrefreável (gáudio e perdição):
Esforço ambicioso e humílimo louvor...
Castigo de Tântalo que assume em louvação:
Geômetra do Tempo-Espaço, agradeço a ânsia
E os óbices que me impões com tal constância!
Tádzio Nanan
Afligi-se, insatisfeita, porque mais almeja
A inépcia aceita entanto contra o que peleja
Cabal só o Mistério, que admira embevecida
Dá pela escassez dos meios que anseia
E que lhe embarga lida, estro, potência
Mas o que pode acalma-lhe a consciência
- um sopro leva a primavera e a semeia!
Percepção contraditória latente no pensador
Em sua busca irrefreável (gáudio e perdição):
Esforço ambicioso e humílimo louvor...
Castigo de Tântalo que assume em louvação:
Geômetra do Tempo-Espaço, agradeço a ânsia
E os óbices que me impões com tal constância!
Tádzio Nanan
sexta-feira, 18 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Fim ao instituto da herança; se a vida é uma corrida (ainda que não o devesse ser), todos temos de largar do mesmo ponto de partida (e cada um chega aonde puder/quiser chegar)
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 17 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Há pessoas que viajam para aprender coisas novas; e há pessoas que, aprendendo coisas novas, viajam
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 16 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O fundamental não é viajarmos o mundo; o fundamental é o mundo viajar conosco
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 15 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Já percebeste que a fogueira das vaidades é mais ardente nos estratos mais baixos da inteligência?
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 13 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Ao contrário do que pensam otimistas e ingênuos, a razão também está apta a servir ao Mal
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 11 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A primeira coisa que a razão deve admitir é que há limites para a razão
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 10 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Tem gente que aperfeiçoa o corpo e tem gente que aperfeiçoa a inteligência; mas prefere o que aperfeiçoa o caráter
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 9 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Há os homens de pensamento; há os homens de ação; mas prefere os homens de valor
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 8 de junho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
É impossível existir um sábio tagarela: todas as verdades do mundo não preenchem 24 horas
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 7 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Deus criou o mundo em seis dias; o homem, muito mais poderoso - e tolo!, pode destruí-lo em seis segundos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 6 de junho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Quem somos? Não somos eles...
De onde viemos? Não viemos de lá...
O que viemos fazer aqui? Provavelmente, o mesmo que eles estão fazendo por lá...
Tádzio Nanan
De onde viemos? Não viemos de lá...
O que viemos fazer aqui? Provavelmente, o mesmo que eles estão fazendo por lá...
Tádzio Nanan
sábado, 5 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O mínimo que se pode exiguir de um teórico é que viva concorde sua teoria
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 4 de junho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Há homens que querem se ligar a Deus; há outros que querem se ligar à natureza; outros ainda, ao restante dos homens; mas a maioria tem preferido mesmo é ficar "ligado", simplesmente...
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 3 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Os medíocres sonham com a glória, mas a glória dos medíocres é mesquinha
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 2 de junho de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
Tudo que as pessoas querem é estabilidade; mas nem a crosta terrestre é estável...
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 1 de junho de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Sonha! Mas se não conseguires realizar teus sonhos, ajuda os outros a realizar os deles
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 31 de maio de 2010
MILLÔNIANA DO DIA:
As pessoas mentem diariamente; e, na maior parte das vezes, para si mesmas...
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 30 de maio de 2010
LA PIETÀ
Castigado, a Verdade expirando no colo da Virtude
Ressurgirá, entanto: promessa aos corações fatigados
Ele, o santo caminho (a miséria não mais nos aturde)
Inexpugnável refúgio dos sofredores e desgarrados
Paz eterna: suas essências, a suave brisa da infinitude
Serenando inúteis fogueiras, paixões, ideais conspurcados
Reencontro inefável: mãe e filho na imortal quietude
Dos que engendrados na Luz foram à Luz consagrados
Sentimento inexcedível levando-nos à celestial altitude
Onde quedamos em êxtase com seus semblantes mitigados
Tão puros que nenhuma visão do mal jamais nos ilude
Maria, perpétuo e fúlgido dia de verões abençoados
Acalentando nosso intemerato sol; que Ele nos ajude
A plantar e colher virtudes, sonhar e viver irmanados
Tádzio Nanan
Detalhe
PENSAMENTO DO DIA:
Se a posse de dinheiro medisse os homens, o Nazareno, por exemplo, valeria infinitamente pouco; enquanto seus algozes (Pilatos, Herodes), infinitamente muito!!
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 29 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
A aventura humana é desventura para uns e bem-aventurança para outros
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O robô é uma máquina construída pela tecnologia humana; o corpo humano é uma máquina construída pela tecnologia da natureza
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quarta-feira, 26 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O maior paradoxo universal: o ser humano, pérola do universo, não passa de rebotalho para seu próximo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
domingo, 23 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
O mundo não pára; exatamente por isso devemos parar: parando podemos refletir sobre ele
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 22 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
SOBRE DEUSES E HOMENS...
*Deus se fez homem, no corpo do Cristo; dois mil anos depois, o Homem torna-se Deus, criando vida sintética!!
*Deus criou a vida; a evolução da vida produziu a inteligência humana; doravante, a inteligência humana pretende criar uma nova evolução, e novas vidas, e, destarte, divinizar-se a si mesma!!
Tádzio Nanan
*Deus se fez homem, no corpo do Cristo; dois mil anos depois, o Homem torna-se Deus, criando vida sintética!!
*Deus criou a vida; a evolução da vida produziu a inteligência humana; doravante, a inteligência humana pretende criar uma nova evolução, e novas vidas, e, destarte, divinizar-se a si mesma!!
Tádzio Nanan
sexta-feira, 21 de maio de 2010
PARA LAÍS AYRES BARREIRA
Mulher, mater generosa, abraça e acolhe
Rega com cuidado o jardim que concebeu
Com o ardor azul do bem amado. Escute, olhe:
Em torno são tantos; genes iguais, ele, você e eu...
Com sapiência, aguarda que o pomar floresça
Em cada ser, seu ritmo próprio, singular caminho...
É preciso desenvolver asas antes de deixar o ninho
Ela sabe e sonha: que as promessas sejam, aconteçam
Porto de águas profundas, libertadoras
Vanguarda e luta, nunca palavra fria
Do sal da lágrima faz beleza e alegria
Cristal hoje transluzindo verdades vindouras
Passeia, levita, mergulha universo vida e arte:
Drummond, Vinícius, o painel feliniano
Os sertões d’Euclides, Rosa, Luciano...
Para lutar e aprender nunca a hora é tarde
No remanso, na torrente, é sempre mão amiga
Dela nunca se ouvirá um não empedernido
De tudo fará para que o bem comum prossiga
E o porvir seja melhor que o tempo ido
Tádzio Nanan
Rega com cuidado o jardim que concebeu
Com o ardor azul do bem amado. Escute, olhe:
Em torno são tantos; genes iguais, ele, você e eu...
Com sapiência, aguarda que o pomar floresça
Em cada ser, seu ritmo próprio, singular caminho...
É preciso desenvolver asas antes de deixar o ninho
Ela sabe e sonha: que as promessas sejam, aconteçam
Porto de águas profundas, libertadoras
Vanguarda e luta, nunca palavra fria
Do sal da lágrima faz beleza e alegria
Cristal hoje transluzindo verdades vindouras
Passeia, levita, mergulha universo vida e arte:
Drummond, Vinícius, o painel feliniano
Os sertões d’Euclides, Rosa, Luciano...
Para lutar e aprender nunca a hora é tarde
No remanso, na torrente, é sempre mão amiga
Dela nunca se ouvirá um não empedernido
De tudo fará para que o bem comum prossiga
E o porvir seja melhor que o tempo ido
Tádzio Nanan
PENSAMENTO DO DIA:
Uma característica dos fracos é rir dos outros; uma característica dos fortes é rir de si mesmo
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
quinta-feira, 20 de maio de 2010
MANUSCRITOS ECONÔMICO-FILOSÓFICOS parte 4
Qualquer sociedade (e por que não a própria civilização humana?) deveria questionar-se acerca de alguns tópicos fundamentais:
Como queremos viver?
Como podemos viver?
Como devemos viver?
Sem entrar no mérito específico de cada uma destas perguntas, se as ignorarmos, não debatendo sobre elas, viveremos guiados por forças cegas (a cupidez da plutocracia nacional e transnacional, de conseqüências amplamente nefastas), sem autonomia, independência e longe do que seria uma existência ótima, a mais sustentável, saudável e feliz. Urge entender que uma sociedade a mais produtiva, no sentido de que gera o maior valor agregado na produção de bens e serviços, não necessariamente é a mais sustentável, saudável ou feliz, até porque riqueza material não é o único requisito relevante na vida de um individuo ou na história de uma sociedade. Ou alguém estaria disposto a abrir mão da sua saúde, seus amigos e família, sua felicidade e bem-estar para simplesmente ter acesso a mais bens de consumo, sobretudo quando a maioria desses bens afigura-se supérfluos ou totalmente inúteis (desejamo-los mais por ostentação e vaidade do que por real necessidade)? O paradigma produtivista/economicista (este de supervalorizar a riqueza material) tem-se mostrado na prática altamente ineficiente para, por exemplo, o propósito de nos tornar mais saudáveis e felizes (para confirmar isso, basta ler recentes pesquisas comprovando que não obstante os maiores níveis de riqueza das economias as sociedades avaliam seu bem-estar subjetivo na mesma magnitude que há 50 ou 60 anos, quando eram economicamente muito mais pobres; também os altíssimos índices de doenças, inclusive as mentais, como a depressão, os um milhão de suicídios/ano, a obesidade, o estresse, os altos índices de homicídios, o consumo abusivo de drogas – lícitas e ilícitas, e medicamentos, comprovam que as duas pernas do colosso Capital, trabalho e consumo, são na verdade pernas de barro; as alienações no campo do trabalho e do consumo cobram um preço caro em termos de saúde física e mental. E em nosso voluntário condicionamento enxergamos riqueza como simplesmente riqueza material, acúmulo de bens. Mas, e a riqueza intelectual, artística, moral, espiritual? E a riqueza infinita de ser livres e auto-determinados? E a riqueza inefável de vivermos concordes nossas próprias metas e sonhos? Também é argumento periclitante afirmar que somos mais livres que no passado, ou mais iguais (igualdade em termos de oportunidades e direitos, entenda-se bem), já que o ser humano é cada vez mais dependente de forças que não controla, de processos que não compreende, de trabalhos extenuantes, alienantes, mal-remunerados, refém de sociedades cada vez mais injustas e desiguais (a desigualdade tem crescido entre regiões, entre países e dentro dos países; a desigualdade aumentou mesmo entre os países da OCDE, os mais ricos e desenvolvidos do mundo), refém das contradições do atual modelo socioeconômico, como o desemprego estrutural/tecnológico e o aquecimento global (as nações mais ricas e as classes abastadas do mundo inteiro poluem o meio-ambiente, com seus hábitos de consumo perdulários, extremamente egoístas - parecem crianças mal-educadas, que querem tudo o que vêem - enquanto a conta é paga, sobretudo, pelos mais pobres e os de maior vulnerabilidade sócio-econômica).
Outras perguntas relevantes que sociedades e civilizações se devem fazer:
O que produzir (em termos de bens e serviços ofertados às pessoas)?
Como produzir?
Quanto produzir?
Quem vai produzir?
Para quem se vai produzir?
A que custo social, econômico e ambiental?
São perguntas eminentemente de cunho econômico, mas importantes demais para apenas economistas responderem. Devem ser amplamente debatidas por toda a sociedade e os distintos grupos existentes nela. Ao economista cabe um papel técnico: após o debate público, deve ajudá-la a atingir de forma ótima os fins a que a sociedade se propôs. Isto sim configuraria uma sociedade realmente livre e democrática, auto-dirigida, autoconsciente, distante do fetichismo, da alienação, do desperdício, do abuso do poder político e econômico. Diametralmente distinto do que ocorre com as regras vigentes: milhares de decisões individuais (de produtores e consumidores) descentralizadas e caóticas, supostamente harmonizadas por uma mão invisível, que levaria as sociedades humanas e suas economias subjacentes a produzir e ofertar eficientemente (sem desperdício de recursos) tudo de que necessitam em termos de bens e serviços. Isto é claramente uma ideologia! Acaso a fome de um bilhão de pessoas e a pobreza de mais de dois bilhões de indivíduos humanos são resultados eficientes? Acaso altas taxas de desemprego e subemprego são eficientes? Acaso é eficiente a poluição/degradação do meio-ambiente e seu arrasador corolário: o aquecimento global? Acaso é eficiente a absolutamente desigual distribuição de ativos econômicos, a concentração da renda, riqueza, poder, direitos, oportunidades, propriedades? Chama-se eficiência quando a maioria dos bens e serviços produzidos pela economia mundial, como alimentos, entretenimento, educação, saúde, energia, medicamentos, bens de consumo duráveis, commodities, são consumidos por uma minoria de privilegiados, apesar dos recursos naturais utilizados serem de todos, inclusive a mão-de-obra; e quando as violentas conseqüências ecológicas dessa ação humana na natureza também são sentidas por todos? São eficientes as recorrentes crises e “bolhas” econômicas e as reconhecidas falhas de mercado? Não estamos com isso defendendo, necessariamente, a supressão do mecanismo de mercado e do sistema de preços. Mas é indiscutível que as economias precisam de mais planejamento e regulação, e quem está apto a fazê-lo são as sociedades civis organizadas, inclusive diretamente, e o Estado, que neste estágio da evolução humana ainda se faz absolutamente indispensável.
(...)
*
A evolução técnica, científica e tecnológica tem propiciado um aumento exponencial da produtividade do trabalho. Isto quer dizer que cada trabalhador no setor produtivo produz cada vez mais mercadorias no mesmo período de tempo, significando objetivamente: 1) que o capitalista pode ter seus lucros aumentados, porque ele vende mais mercadorias (se o preço se mantiver constante); 2) o capitalista pode diminuir o preço da mercadoria, o que ampliará suas vendas, a expensas dos concorrentes (se as maiores vendas compensarem os preços menores). Para o trabalhador, estes aumentos sucessivos de produtividade podem proporcionar: 1) aumentos do salário real (como os preços caem, a cesta de consumo do trabalhador médio ficará mais barata, o que significa um efeito-renda); 2) com luta política, o salário nominal também pode subir, já que o capitalista está obtendo lucros maiores, e uma parte deste maior lucro pode ir para aumentar o salário dos trabalhadores; 3) como os trabalhadores estão produzindo mais mercadorias no mesmo período de tempo, isso significa que a jornada de trabalho pode ser reduzida. É provável que nas próximas décadas a jornada de trabalho vá diminuindo progressivamente. Basta olhar para a história para constatarmos que isso já aconteceu de forma significativa (no Brasil, discute-se a diminuição da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais; já na França, a discussão posta é para se trabalhar abaixo das 40 horas). Todos sabem das extenuantes horas de trabalho diárias que os trabalhadores tinham de enfrentar nos primórdios da Revolução Industrial. À medida que cresça a produtividade a luta política pode transformá-la em argumento incontestável para adquirir mais bem-estar e mais direitos sociais para as populações mundiais, como uma jornada de trabalho menor. No limite, imagina-se uma sociedade da opulência em que o Estado paga uma quantia em dinheiro para seus cidadãos para eles fazerem o que desejarem (claro que esta é a utopia – ou melhor seria dizer, a ideologia capitalista, muito dificilmente exeqüível dada as contradições inerentes ao sistema econômico do Capital). Seria uma volta ao passado, à antiguidade clássica, quando os cidadãos ocupavam-se do ócio (que significa lazer e atividades intelectuais) e não do negócio (no capitalismo, a produção de mercadorias para serem vendidas visando ao lucro pecuniário). Nesse estágio evolutivo da civilização, o humano (ou pós-humano?) terá a vida em suas mãos e terá de descobrir o que fazer com ela, como viver, o que sonhar, criar, produzir. Imaginemos que isso seja realidade agora. O que você faria com as 24hs horas do dia para sua livre fruição, tendo suas necessidades materiais provida pelo Estado? Saberia lidar com o tempo livre? Quais habilidades você desenvolveu? Ou entregou sua vida em oferenda ao deus trabalho, e para compensar essa alienação primordial, dedicou-se a um consumo igualmente alienado, como se os bens e serviços por nós consumidos pudessem mitigar verdadeiramente as angústias, carências, alienações, descontentamentos a que estamos todos submetidos?
(...)
Tádzio Nanan
Economista
Como queremos viver?
Como podemos viver?
Como devemos viver?
Sem entrar no mérito específico de cada uma destas perguntas, se as ignorarmos, não debatendo sobre elas, viveremos guiados por forças cegas (a cupidez da plutocracia nacional e transnacional, de conseqüências amplamente nefastas), sem autonomia, independência e longe do que seria uma existência ótima, a mais sustentável, saudável e feliz. Urge entender que uma sociedade a mais produtiva, no sentido de que gera o maior valor agregado na produção de bens e serviços, não necessariamente é a mais sustentável, saudável ou feliz, até porque riqueza material não é o único requisito relevante na vida de um individuo ou na história de uma sociedade. Ou alguém estaria disposto a abrir mão da sua saúde, seus amigos e família, sua felicidade e bem-estar para simplesmente ter acesso a mais bens de consumo, sobretudo quando a maioria desses bens afigura-se supérfluos ou totalmente inúteis (desejamo-los mais por ostentação e vaidade do que por real necessidade)? O paradigma produtivista/economicista (este de supervalorizar a riqueza material) tem-se mostrado na prática altamente ineficiente para, por exemplo, o propósito de nos tornar mais saudáveis e felizes (para confirmar isso, basta ler recentes pesquisas comprovando que não obstante os maiores níveis de riqueza das economias as sociedades avaliam seu bem-estar subjetivo na mesma magnitude que há 50 ou 60 anos, quando eram economicamente muito mais pobres; também os altíssimos índices de doenças, inclusive as mentais, como a depressão, os um milhão de suicídios/ano, a obesidade, o estresse, os altos índices de homicídios, o consumo abusivo de drogas – lícitas e ilícitas, e medicamentos, comprovam que as duas pernas do colosso Capital, trabalho e consumo, são na verdade pernas de barro; as alienações no campo do trabalho e do consumo cobram um preço caro em termos de saúde física e mental. E em nosso voluntário condicionamento enxergamos riqueza como simplesmente riqueza material, acúmulo de bens. Mas, e a riqueza intelectual, artística, moral, espiritual? E a riqueza infinita de ser livres e auto-determinados? E a riqueza inefável de vivermos concordes nossas próprias metas e sonhos? Também é argumento periclitante afirmar que somos mais livres que no passado, ou mais iguais (igualdade em termos de oportunidades e direitos, entenda-se bem), já que o ser humano é cada vez mais dependente de forças que não controla, de processos que não compreende, de trabalhos extenuantes, alienantes, mal-remunerados, refém de sociedades cada vez mais injustas e desiguais (a desigualdade tem crescido entre regiões, entre países e dentro dos países; a desigualdade aumentou mesmo entre os países da OCDE, os mais ricos e desenvolvidos do mundo), refém das contradições do atual modelo socioeconômico, como o desemprego estrutural/tecnológico e o aquecimento global (as nações mais ricas e as classes abastadas do mundo inteiro poluem o meio-ambiente, com seus hábitos de consumo perdulários, extremamente egoístas - parecem crianças mal-educadas, que querem tudo o que vêem - enquanto a conta é paga, sobretudo, pelos mais pobres e os de maior vulnerabilidade sócio-econômica).
Outras perguntas relevantes que sociedades e civilizações se devem fazer:
O que produzir (em termos de bens e serviços ofertados às pessoas)?
Como produzir?
Quanto produzir?
Quem vai produzir?
Para quem se vai produzir?
A que custo social, econômico e ambiental?
São perguntas eminentemente de cunho econômico, mas importantes demais para apenas economistas responderem. Devem ser amplamente debatidas por toda a sociedade e os distintos grupos existentes nela. Ao economista cabe um papel técnico: após o debate público, deve ajudá-la a atingir de forma ótima os fins a que a sociedade se propôs. Isto sim configuraria uma sociedade realmente livre e democrática, auto-dirigida, autoconsciente, distante do fetichismo, da alienação, do desperdício, do abuso do poder político e econômico. Diametralmente distinto do que ocorre com as regras vigentes: milhares de decisões individuais (de produtores e consumidores) descentralizadas e caóticas, supostamente harmonizadas por uma mão invisível, que levaria as sociedades humanas e suas economias subjacentes a produzir e ofertar eficientemente (sem desperdício de recursos) tudo de que necessitam em termos de bens e serviços. Isto é claramente uma ideologia! Acaso a fome de um bilhão de pessoas e a pobreza de mais de dois bilhões de indivíduos humanos são resultados eficientes? Acaso altas taxas de desemprego e subemprego são eficientes? Acaso é eficiente a poluição/degradação do meio-ambiente e seu arrasador corolário: o aquecimento global? Acaso é eficiente a absolutamente desigual distribuição de ativos econômicos, a concentração da renda, riqueza, poder, direitos, oportunidades, propriedades? Chama-se eficiência quando a maioria dos bens e serviços produzidos pela economia mundial, como alimentos, entretenimento, educação, saúde, energia, medicamentos, bens de consumo duráveis, commodities, são consumidos por uma minoria de privilegiados, apesar dos recursos naturais utilizados serem de todos, inclusive a mão-de-obra; e quando as violentas conseqüências ecológicas dessa ação humana na natureza também são sentidas por todos? São eficientes as recorrentes crises e “bolhas” econômicas e as reconhecidas falhas de mercado? Não estamos com isso defendendo, necessariamente, a supressão do mecanismo de mercado e do sistema de preços. Mas é indiscutível que as economias precisam de mais planejamento e regulação, e quem está apto a fazê-lo são as sociedades civis organizadas, inclusive diretamente, e o Estado, que neste estágio da evolução humana ainda se faz absolutamente indispensável.
(...)
*
A evolução técnica, científica e tecnológica tem propiciado um aumento exponencial da produtividade do trabalho. Isto quer dizer que cada trabalhador no setor produtivo produz cada vez mais mercadorias no mesmo período de tempo, significando objetivamente: 1) que o capitalista pode ter seus lucros aumentados, porque ele vende mais mercadorias (se o preço se mantiver constante); 2) o capitalista pode diminuir o preço da mercadoria, o que ampliará suas vendas, a expensas dos concorrentes (se as maiores vendas compensarem os preços menores). Para o trabalhador, estes aumentos sucessivos de produtividade podem proporcionar: 1) aumentos do salário real (como os preços caem, a cesta de consumo do trabalhador médio ficará mais barata, o que significa um efeito-renda); 2) com luta política, o salário nominal também pode subir, já que o capitalista está obtendo lucros maiores, e uma parte deste maior lucro pode ir para aumentar o salário dos trabalhadores; 3) como os trabalhadores estão produzindo mais mercadorias no mesmo período de tempo, isso significa que a jornada de trabalho pode ser reduzida. É provável que nas próximas décadas a jornada de trabalho vá diminuindo progressivamente. Basta olhar para a história para constatarmos que isso já aconteceu de forma significativa (no Brasil, discute-se a diminuição da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais; já na França, a discussão posta é para se trabalhar abaixo das 40 horas). Todos sabem das extenuantes horas de trabalho diárias que os trabalhadores tinham de enfrentar nos primórdios da Revolução Industrial. À medida que cresça a produtividade a luta política pode transformá-la em argumento incontestável para adquirir mais bem-estar e mais direitos sociais para as populações mundiais, como uma jornada de trabalho menor. No limite, imagina-se uma sociedade da opulência em que o Estado paga uma quantia em dinheiro para seus cidadãos para eles fazerem o que desejarem (claro que esta é a utopia – ou melhor seria dizer, a ideologia capitalista, muito dificilmente exeqüível dada as contradições inerentes ao sistema econômico do Capital). Seria uma volta ao passado, à antiguidade clássica, quando os cidadãos ocupavam-se do ócio (que significa lazer e atividades intelectuais) e não do negócio (no capitalismo, a produção de mercadorias para serem vendidas visando ao lucro pecuniário). Nesse estágio evolutivo da civilização, o humano (ou pós-humano?) terá a vida em suas mãos e terá de descobrir o que fazer com ela, como viver, o que sonhar, criar, produzir. Imaginemos que isso seja realidade agora. O que você faria com as 24hs horas do dia para sua livre fruição, tendo suas necessidades materiais provida pelo Estado? Saberia lidar com o tempo livre? Quais habilidades você desenvolveu? Ou entregou sua vida em oferenda ao deus trabalho, e para compensar essa alienação primordial, dedicou-se a um consumo igualmente alienado, como se os bens e serviços por nós consumidos pudessem mitigar verdadeiramente as angústias, carências, alienações, descontentamentos a que estamos todos submetidos?
(...)
Tádzio Nanan
Economista
BELEZA
Adriano Oliveira Costa
Beleza que irrompe
Beleza que inspira
Beleza que irradia
Beleza que asfixia
Tua beleza é tão fáctil que nos torna ignóbeis perante tão belo ser
Beleza que vilipendia
Beleza que ofende
Beleza que corrompe
Beleza que esconde
Tua beleza é tão terna que nos torna vis perante cútis tão irradiante
Beleza que impera
Beleza que espera
Beleza que exaspera
Beleza que exagera
Tua beleza é tão ímpar que nos torna confusos perante sua plenitude carnal
São palavras de um pobre tolo pueril que se pudesse dar-te-ia o sol, mas prefiro dar-te a lua que precisa de beleza tão irradiante para brilhar e mostrar tão belo luar, bem como emoldurar a bela madrugada dos apaixonados.
Para A.
Beleza que irrompe
Beleza que inspira
Beleza que irradia
Beleza que asfixia
Tua beleza é tão fáctil que nos torna ignóbeis perante tão belo ser
Beleza que vilipendia
Beleza que ofende
Beleza que corrompe
Beleza que esconde
Tua beleza é tão terna que nos torna vis perante cútis tão irradiante
Beleza que impera
Beleza que espera
Beleza que exaspera
Beleza que exagera
Tua beleza é tão ímpar que nos torna confusos perante sua plenitude carnal
São palavras de um pobre tolo pueril que se pudesse dar-te-ia o sol, mas prefiro dar-te a lua que precisa de beleza tão irradiante para brilhar e mostrar tão belo luar, bem como emoldurar a bela madrugada dos apaixonados.
Para A.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Todos nós vamos abandonar o mundo um dia, mas o mundo já abandonou muitos de nós há tempos
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
terça-feira, 18 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Se eles falam mal de ti, sem razão: não te aborreças; se eles falam mal de ti, e com razão: não te aborreças
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
segunda-feira, 17 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
PENSAMENTO DO DIA:
Não importa o tamanho do inimigo; importa o tamanho da convicção no peito de quem o enfrenta
Tádzio Nanan
Tádzio Nanan
sábado, 15 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
REFLEXÕES METAFÍSICAS
Quem é aquele que vinte e tantos anos após a estréia no insólito, plangente e jocoso palco mundano, ainda duvida, ainda duvida bastante, ainda duvida de tudo: de si, dos outros, da realidade, dos fatos, dos livros (e por isso mesmo desconfia que nada é verdadeiramente importante porquanto nada é verdadeiramente real)?
Quem é aquele que tempos depois de romper o hímen da consciência, duvida da sua própria, das alheias, estejam aqui ou algures (melhor mesmo seria usar o termo nenhures, porque só habitamos nossa própria mente!), e olhando as pessoas vê apenas a noite que as aguarda, paciente e resolutamente; e ouvindo as pessoas, ouve, sobretudo, o sonoro silêncio que as envolve e engole, tão profundo, doce e calmo que até as embala (e dançam magicamente com sua própria morte!)
Quem é aquele que tocando as pessoas desconhece seus corpos, seus desejos, suas necessidades, porque está para além deles, olha, sente, ouve e fala para além deles, para algo e alguém que está além deles. Quem é o infeliz agraciado com este dom noctífero?
Quem é aquele que antes da pequena morte do sono, mirando as trevas, como um Hamlet sem a poesia, questiona: Existo? Existem? Existimos? E se existo, e se exisitimos, o que é o existir, o que é a existência? Um fato concreto, num dado momento da dialética relação Espaço-Tempo? uma idéia, um ideal inoculado em nossas mentes; o dogma de alguma mitologia senil; um preconceito espurco; uma sensação fugaz; um desejo ardente; um abscesso; um estupor; uma vertigem; ou simplesmente uma mentira ordinária na qual acreditamos porque é bom e fácil de acreditar? É uma causa, uma conseqüência, um meio, um fim, um mistério insondável, insolúvel, ou talvez o óbvio ululante ou qualquer coisa desimportante (então, meus questionamentos seriam inúteis)? Há, além disso, alguma importância superior no fato de existirmos?
Quem é aquele que se faz tantas perguntas, e prossegue: pode a existência ser uma equação matemática? Ou seria a existência o que a mente traduz do mundo que nos é exterior, e que apreendemos pelos sentidos, e descodificamos pela razão? Ou a mente inventa o mundo exterior, do qual supostamente fazemos parte, e depois de inventá-lo nos faz acreditar nele? E se isso for verdadeiro, se minha mente inventa tudo, então somente eu existo? Os outros são miragens, no deserto da minha existência? Mas aí todos os demais poderiam pensar a mesma coisa: apenas eles existem, enquanto indivíduos de carne e osso, enquanto indivíduos que riem e pranteiam; os outros são fantoches, coadjuvantes atuando no filme de suas vidas... Conseqüentemente, a humanidade seria um vastíssimo conjunto de alienados vivendo em universos paralelos, separados, próprios a cada um. Idéia terrivelmente fantasmagórica!
Há outra possibilidade: e se todos formos sombras de um mesmo objeto multifário-incognoscível (assumir esta hipótese o torna cognoscível?); existimos todos, existi tudo num amplíssimo conjunto onde cabem infinitos subconjuntos, que se re-combinam ad infinitum, às vezes aleatoriamente, às vezes premeditadamente; existimos num lugar onde tudo é possível e onde as coisas todas e suas antíteses co-existem, existem simultaneamente; existimos eternamente (não importa que morramos, neste exato momento somos eternos); enfim, existimos em Deus (eu sei que o vocábulo Deus está deveras desgastado, mas foi o melhor termo que encontrei para expressar essa intuição). Deus não é um problema metafísico, de fé, de medo, de justiça, de uma moral universal ou de vida após a morte. Deus é uma questão lógica (e, obviamente, as religiões são um erro que já perdura por tempo demais, um delírio estúpido). Deus é, simplesmente, o INFINITO DE POSSIBILIDADE DAS COISAS ou AS COISAS E SUAS POSSIBILIDADES INFINITAS.
Deus existe e fazemos parte dele, assim como os vírus e as bactérias fazem parte da natureza e a estupidez tão ativamente faz parte da humana natureza.
E o mais sensacional: não há nada de extraordinário em tudo isso!
Ou há?
Tádzio Nanan
Quem é aquele que tempos depois de romper o hímen da consciência, duvida da sua própria, das alheias, estejam aqui ou algures (melhor mesmo seria usar o termo nenhures, porque só habitamos nossa própria mente!), e olhando as pessoas vê apenas a noite que as aguarda, paciente e resolutamente; e ouvindo as pessoas, ouve, sobretudo, o sonoro silêncio que as envolve e engole, tão profundo, doce e calmo que até as embala (e dançam magicamente com sua própria morte!)
Quem é aquele que tocando as pessoas desconhece seus corpos, seus desejos, suas necessidades, porque está para além deles, olha, sente, ouve e fala para além deles, para algo e alguém que está além deles. Quem é o infeliz agraciado com este dom noctífero?
Quem é aquele que antes da pequena morte do sono, mirando as trevas, como um Hamlet sem a poesia, questiona: Existo? Existem? Existimos? E se existo, e se exisitimos, o que é o existir, o que é a existência? Um fato concreto, num dado momento da dialética relação Espaço-Tempo? uma idéia, um ideal inoculado em nossas mentes; o dogma de alguma mitologia senil; um preconceito espurco; uma sensação fugaz; um desejo ardente; um abscesso; um estupor; uma vertigem; ou simplesmente uma mentira ordinária na qual acreditamos porque é bom e fácil de acreditar? É uma causa, uma conseqüência, um meio, um fim, um mistério insondável, insolúvel, ou talvez o óbvio ululante ou qualquer coisa desimportante (então, meus questionamentos seriam inúteis)? Há, além disso, alguma importância superior no fato de existirmos?
Quem é aquele que se faz tantas perguntas, e prossegue: pode a existência ser uma equação matemática? Ou seria a existência o que a mente traduz do mundo que nos é exterior, e que apreendemos pelos sentidos, e descodificamos pela razão? Ou a mente inventa o mundo exterior, do qual supostamente fazemos parte, e depois de inventá-lo nos faz acreditar nele? E se isso for verdadeiro, se minha mente inventa tudo, então somente eu existo? Os outros são miragens, no deserto da minha existência? Mas aí todos os demais poderiam pensar a mesma coisa: apenas eles existem, enquanto indivíduos de carne e osso, enquanto indivíduos que riem e pranteiam; os outros são fantoches, coadjuvantes atuando no filme de suas vidas... Conseqüentemente, a humanidade seria um vastíssimo conjunto de alienados vivendo em universos paralelos, separados, próprios a cada um. Idéia terrivelmente fantasmagórica!
Há outra possibilidade: e se todos formos sombras de um mesmo objeto multifário-incognoscível (assumir esta hipótese o torna cognoscível?); existimos todos, existi tudo num amplíssimo conjunto onde cabem infinitos subconjuntos, que se re-combinam ad infinitum, às vezes aleatoriamente, às vezes premeditadamente; existimos num lugar onde tudo é possível e onde as coisas todas e suas antíteses co-existem, existem simultaneamente; existimos eternamente (não importa que morramos, neste exato momento somos eternos); enfim, existimos em Deus (eu sei que o vocábulo Deus está deveras desgastado, mas foi o melhor termo que encontrei para expressar essa intuição). Deus não é um problema metafísico, de fé, de medo, de justiça, de uma moral universal ou de vida após a morte. Deus é uma questão lógica (e, obviamente, as religiões são um erro que já perdura por tempo demais, um delírio estúpido). Deus é, simplesmente, o INFINITO DE POSSIBILIDADE DAS COISAS ou AS COISAS E SUAS POSSIBILIDADES INFINITAS.
Deus existe e fazemos parte dele, assim como os vírus e as bactérias fazem parte da natureza e a estupidez tão ativamente faz parte da humana natureza.
E o mais sensacional: não há nada de extraordinário em tudo isso!
Ou há?
Tádzio Nanan
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