1)
Antes que o sono venha
A romper a veia
Da memória
Visto-me à vitória
Antes do crepúsculo
Treino o músculo
E a mente tímida
Para desarranjar lógicas
O frio antes de me gelar a veia
Embriago-me do sol
E de sereias
Nos olhos, a urgência dos tempos
E dias de enfrentamentos
2)
Ascende o sol nas retinas
Repletas de amanhãs
E manhãs cristalinas
Arde a flama olímpica
No coração
Imaginar
Nova estação
O olor inebriante
Das primaveras
Toma-me celeremente
À alvorada da mente
As culpas, os medos
O medo da morte
Fenecem
O que era silêncio
Transmuta-se em melodias
Às vibrações de outros dias
Assim, ouso o sonho
E como um pedreiro
Ergo a própria obra
E a obra coletiva
Tudo que é sublime
Imprime-se nos atos
De fé e ousadia
Tádzio Nanan
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