domingo, 1 de novembro de 2009

REMEMORO A INFÂNCIA...

Rememoro a infância... Deus, onde a guardou?
A criança que fui, repleta da doce inocência, existiu?
Ou apenas miragem que na alcova do Tempo dormiu
Entre as agônicas sombras que Ele sonhou?

Doce é também a consciência que temos da morte
Porque bálsamo se faz contra as dores do mundo
Ponte para um esquecimento sereno e profundo
Visto que o perene é a matéria e só o crê o forte

No instante que se esgota, coisas aos milhões desvanecem,
Consciências e mundos. Deus quer que elas cessem
Apenas Ele, absoluto, comporta outro sentido

Segue o humano, assim, sôfrego do tempo presente –
Essa ilusão dos sentidos. Fingi crer, mas pressente
Que não há glorioso destino que lhe seja devido


Tádzio Nanan

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