domingo, 1 de novembro de 2009

Fragílima a arquitetura da minha vida...

Fragílima a arquitetura da minha vida...


O terraplenagem não fixou bases sólidas para a adequada edificação e agora titubeio com suaves brisas cotidianas; nos terremotos da vida, soçobro-me


A argamassa do meu ser orgânico e psíquico é fraca e degenera em risco grave à saúde; tudo é caótico, entrópico e a energia migra para outros universos paralelos de mim mesmo, que desconheço


Sou construção superfaturada cujo material é de qualidade duvidosa e a qualquer momento pode ruir com todos os sonhos dentro


O Grande Engenheiro furtou-se de esmiuçar os cálculos e as geometrias a uma grande obra e agora as informações se contradizem e redundam em estupor entre os empregados que devem erguê-la; meus próprios genes levam-me ao paroxismo e à atimia


É uma falha conatural, mutação gestada e prometida a mim nas labaredas da descendência


Fragílima a arquitetura da minha vida...




Tádzio Nanan

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