Fragílima a arquitetura da minha vida...
O terraplenagem não fixou bases sólidas para a adequada edificação e agora titubeio com suaves brisas cotidianas; nos terremotos da vida, soçobro-me
A argamassa do meu ser orgânico e psíquico é fraca e degenera em risco grave à saúde; tudo é caótico, entrópico e a energia migra para outros universos paralelos de mim mesmo, que desconheço
Sou construção superfaturada cujo material é de qualidade duvidosa e a qualquer momento pode ruir com todos os sonhos dentro
O Grande Engenheiro furtou-se de esmiuçar os cálculos e as geometrias a uma grande obra e agora as informações se contradizem e redundam em estupor entre os empregados que devem erguê-la; meus próprios genes levam-me ao paroxismo e à atimia
É uma falha conatural, mutação gestada e prometida a mim nas labaredas da descendência
Fragílima a arquitetura da minha vida...
Tádzio Nanan
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