segunda-feira, 16 de novembro de 2009

M U S A - II

Na tua carnadura
Meu desejo estaciona
Embriagado
Seja claro dia
Seja noite escura
Jamais recordando
O passado


Navego-te caravela
Nas tuas profundezas abissais da alma
Faço água, transbordo a qualquer bordo de ti
E nunca mais tenho calma


Tens-me na palma da mão
Periclitante falta de precaução
Valha-me meu coração


Mas contigo também gozo o cio das madrugadas
As exaustões mais cansadas
Até o raiar das manhãs


Mas contigo também olvido o estertor
Dos moribundos
O retinir das espadas
E as F l o r e s M a l s ã s





Tádzio Nanan

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