quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SONETO DA ESPERANÇA PASSIVA

A esperança invade a veia do povo e o embriaga,
Como uma noite que obscurecesse seu entendimento.
Esperar?! O derradeiro, quiçá o fatal movimento
De uma hoste que o medo arrefece e esmaga.


A eloqüência do líder a alma do povo afaga.
Mas, que palavras realizaram que sonhos?
Palavras são artifícios pueris e enfadonhos
Com os quais fingimos mitigar nossa chaga!


É verdade que tua hora sussurra na brisa, Sul-Americano.
Teu olhar, férrea hematita, mira uma civilização tropical,
Onde a igualdade, áureo sol, irradie todos os dias do ano.


Mas como? Se a sujeição ao divino te faz prescindir do real;
Se crês ser teu líder alguém infalível, sobre-humano;
E abdicas do próprio ideal, que é cabal, sem engano...




Tádzio Nanan

Nenhum comentário: